Logo PUCPR

PLATAFORMAS DIGITAIS APLICADAS A ESCALAS VALIDADAS NA PESQUISA CLÍNICA DE VARIANTES GENÉTICAS E MARCADORES INFLAMATÓRIOS NA MIGRÂNEA

AJITA, Maria Eduarda ¹; ANTONUCCI, Aline Vitali Da Silva ²
faixa-semic-branco
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Londrina, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Câmpus Londrina, PR.

INTRODUÇÃO: A migrânea é uma doença neurológica com acometimento vascular e inflamação neurogênica, com uma prevalência de 15,2% na população brasileira. Ela é uma das cefaleias primárias, recorrente e caracterizada pelos ataques frequentes, responsável por 35% das consultas neurológicas no Brasil. Seu diagnóstico é feito através da anamnese, exame neurológico e possíveis exames complementares para exclusão de cefaleias secundárias. OBJETIVOS: Aplicação de escalas validadas de forma física e/ou digital através da ferramenta Google Formulários®, sua codificação em planilha, preparo do banco de dados e análise estatística. MATERIAIS E MÉTODO: Este projeto foi iniciado em 2018 e segue em andamento. O aluno foi treinado por um neurologista para aplicar escalas clínicas em pacientes com migrânea. As escalas utilizadas foram o ID-Migraine para rastreio da migrânea, MIDAS para avaliar incapacidade da migrânea, HIT-6 para avaliar impacto da migrânea, Inventário de Depressão de Beck (IDB), STAI Y1 e 2 ou GAD-7 para avaliar ansiedade, escala de hiperacusia e ASC-12 para avaliar alodinia. A coleta de dados foi realizada de forma contínua, com preferência por respostas digitais, mas também disponibilizando formulários impressos para pacientes não familiarizados com a tecnologia. Os valores correspondetes às escalas validadas foram tabulados e combinados em um banco de dados para análise estatística no programa SPSS. RESULTADOS: Participaram do estudo 504 indivíduos com migrânea e 359 controles, com predominância do sexo feminino no grupo migrânea (85,9% vs 73,0%; p<0,001). Indivíduos com migrânea tinham maiores escores de ansiedade e depressão comparado com controles (p<0,05). Dentre os participantes com migrânea, 228 tinham a forma crônica e 271 a forma episódica. Pacientes com a forma crônica apresentaram maiores escores de ansiedade e depressão, comparados com a forma episódica (STAI Y1 47 vs; 43; p<0,001 e IDB 11 vs 10; p=0,002), também apresentavam maior incapacidade e impacto relacionado a migrânea (MIDAS 30 vs 13; p<0,001 e HIT-6 66 vs 63; p<0,001), bem como maiores escores de hipersensibilidade sensorial, com maiores valores de alodinia e hiperacusia (ASC-12 6 vs 4; p=0,003 e Hiperacusia 22 vs 27; p=0,001). CONSIDERAÇÕES FINAIS: indivíduos com migrânea são mais suscetíveis a depressão e ansiedade, sendo pior na forma crônica da migrânea. Indivíduos com migrânea crônica sofrem mais com incapacidade e imparto da migrânea, bem como também tem maior alodinia e hiperacusia.

PALAVRAS-CHAVE: Migrânea; Questionários validados; Ansiedade; Depressão; Incapacidade.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador