FENOLOGIA DE CULTIVARES DE LÚPULO CULTIVADAS EM TOLEDO, PR

INTRODUÇÃO: A fim de estimular o cultivo de lúpulo na região oeste do Paraná, ensaios de campo regionalizados são importantes para conhecer as características fenológicas e o desempenho agronômico das cultivares. OBJETIVOS: Diante disso, o presente estudo teve como objetivo caracterizar a fenologia de três cultivares de lúpulo no município de Toledo, PR. MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa foi conduzida na Fazenda Experimental da PUCPR, campus Toledo, PR, o delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados contendo três tratamentos (cultivares Magnum, Halletauer Mittelfrueh e Comet), com quatro blocos contendo 10 plantas por bloco, totalizando 120 plantas. Semanalmente foram avaliados parâmetros seguindo a escala fenológica proposta pela BBCH, além disso, também foram obtidos os dados da estação meteorológica e avaliados os seguintes parâmetros: taxa de sobrevivência, número de brotações emitidas, número, comprimento e diâmetro de cones. Os dados obtidos foram submetidos ao teste Tukey a 5% de significância. RESULTADOS: A taxa de sobrevivência e número de brotações laterais por planta não apresentaram diferença significativa entre as cultivares. Mas a taxa de sobrevivência obtida foi de valor mediano, devido ao alto índice pluviométrico ocorrido no mês de transplantio das mudas a campo. Em relação ao número de cones por planta, a maior média foi obtida pela cv. Comet (63,3) não diferindo da Halletauer Mittelfrueh (32,5). Ao analisar os números de dias para a mudança de fase fenológica, plantas da cv. Comet necessitaram de menor número de dias para a fase vegetativa (27 dias), emitindo o menor número de brotações (5,18), antecipando o início da fase reprodutiva em 10 dias quando comparado a Halletauer Mittelfrueh e quatro dias em relação a cv. Magnum. Em relação ao comprimento e diâmetro dos cones, a cv. Magnum obteve as menores médias, sendo estatisticamente inferior que as cvs. H. Mittelfrueh e Comet, que obtiveram respectivamente 19,22 e 18,75 mm de comprimento em seus cones; e, 14,62 e 12,82 mm de diâmetro, sendo estatisticamente semelhantes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Sendo assim, conclui-se que a cultivar Comet apresentou maior potencial de desenvolvimento nas condições de Toledo, PR, porém, serão necessários mais ciclos produtivos para afirmar qual é de fato a cultivar mais adaptada.

PALAVRAS-CHAVE: Adaptação de cultivares; Caracterização fenológica; Cones; Humulus lupulus.