Logo PUCPR

ANÁLISE DA REDUÇÃO DA HIPERTROFIA VENTRICULAR APÓS TROCA VALVAR AÓRTICA POR PRÓTESE BIOLÓGICA

ROSSA, Isabella Cristina Mendes ¹; FARIAS, Fabio Rocha ²
faixa-semic-branco
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: A estenose de valva aórtica é caracterizada como a principal doença valvar nos países desenvolvidos, afetando cerca de 3% dos indivíduos acima de 65 anos. Do ponto de vista fisiopatológico, a estenose aórtica envolve um longo período de latência, o qual é caracterizado pelo agravamento da obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo e com isso, uma resposta compensatória de hipertrofia ventricular. O quadro clínico típico da estenose aórtica inclui dispneia, angina e síncope. No entanto, a maioria dos pacientes apresentam um longo período assintomático, com os sintomas geralmente aparecendo no estágio avançado da doença. No exame físico, o achado clássico é um sopro sistólico áspero, que irradia para as carótidas, sendo mais audível no segundo espaço intercostal direito. A cirurgia de valva aórtica é considerada a única medida terapêutica eficaz nos casos de estenose aórtica grave, pois além de promover melhora do quadro clínico, atua no aumento da sobrevida dos pacientes. OBJETIVOS: Análise da redução da hipertrofia ventricular após troca valvar aórtica por prótese biológica. MATERIAIS E MÉTODO: Entre os meses de setembro a dezembro de 2022 houve a realização de uma ampla revisão de literatura sobre as características da cirurgia de troca de valva aórtica com prótese biológica em pacientes com estenose aórtica. Além disso, houve a pesquisa sobre os possíveis impactos da substituição valvar nos dados ecocardiográficos. Nesse período não foi possível realizar a coleta de dados devido à ausência de realização da cirurgia de troca valvar aórtica por prótese biológica no hospital. Ao entrar em contato com a secretaria do hospital, obtivemos a informação de que até abril de 2023 não existe previsão para realização de cirurgia de troca valvar aórtica. Nesse sentido, discutimos sobre a possiblidade de alteração da metodologia do trabalho, o qual passará a ser uma revisão sistemática sobre a redução da hipertrofia ventricular após troca valvar aórtica. RESULTADOS: Dos estudos elegíveis para o estudo, houve um total de 167 participantes da pesquisa. A idade média dos participantes é de 69,6 anos. Em relação ao sexo, 81 participantes eram do sexo feminino e 86 do sexo masculino. A prótese mecânica foi utilizada em 105 participantes, enquanto a biológica em 62 participantes. Não houve o registro de intercorrências na cirurgia de troca valvar aórtica nesses estudos, assim como houve ausência do registro de complicações pós-operatórias e óbitos no período de estudo. Houve redução do volume sistólico final no pós-operatório (17,1) em comparação ao pré-operatório (18,95), sendo a porcentagem dessa redução de cerca de 9,76%; redução do volume diastólico final no pós-operatório (26,7) em comparação ao pré-operatório (28,85), sendo a porcentagem dessa redução de cerca de 7,45% e redução da massa do VE de 27%. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Infere-se, indiretamente, que existe redução da hipertrofia ventricular esquerda após substituição de valva aórtica por prótese biológica em pacientes com estenose aórtica. Tal entendimento se dá pela redução do volume sistólico e diastólico final, assim como pelo aumento da fração de ejeção do ventrículo esquerdo apresentados pelos pacientes do estudo.

PALAVRAS-CHAVE: Estenose aórtica; Cirurgia valvar; Prótese biológica; Ecocardiograma; Hipertrofia ventricular.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador