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IMUNOFENOTIPAGEM DE CÉLULAS PROGENITORAS URINÁRIAS ORIUNDAS DE PACIENTES COM FENÓTIPO RARO DE HANSENÍASE

FREITAS, Fernanda Cardoso De ¹; CASTRO, Maria Luiza De ³; MIRA, Marcelo Tavora ²
faixa-semic-branco
Curso do(a) Estudante: Farmácia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Farmácia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infecciosa crônica que atinge pele e nervos periféricos. Causada pelo bacilo intracelular Mycobacterium leprae, ainda que curável, apresenta mais de 200 mil novos casos por ano em todo o mundo. Ao longo das últimas décadas, estudos genéticos formaram um sólido copo de evidência demonstrando o impacto de genes e regiões genômicas para o controle da infecção, manifestações clínicas e progressão da hanseníase. Em estudo recente do nosso grupo, encontrou-se uma família com múltiplos casos de hanseníase incluindo gêmeas monozigóticas diagnosticadas aos 22 meses de idade, ambas com homozigose recessiva para as variantes N551K e R1398H do gene LRRK2 – previamente associado com a doença. Como próxima etapa, estudos funcionais são necessários para comprovar a participação destes genes no controle de susceptibilidade à doença. Neste contexto, células progenitoras urinárias (UPC) podem ser uma boa alternativa de modelo, por serem de fácil obtenção e alto potencial de diferenciação. OBJETIVOS: Este estudo teve como objetivo caracterizar e demonstrar a estabilidade genética de células progenitoras urinárias de indivíduos portadores dos genótipos de interesse. MATERIAIS E MÉTODO: O isolamento de UPCs foi feito a partir da lavagem de amostras de urina com PBS e antibióticos; as amostras foram centrifugadas e as células foram cultivadas em placa de 6 poços pré-revestida com 0,1% de gelatina em meio de cultura específico (DMEM/F-12 + REBM) suplementado com REGM. As células foram caracterizadas por citometria de fluxo utilizando anticorpos para MSCs (CD14, CD19, CD29, CD45, CD73, CD105 e HLA-DR); marcadores de tecido renal e UPCs (CD13, CD324, Vimentina, Fibronectina e β-catenina). Técnica citogenética clássica (banda G) foi usada para a avaliação da estabilidade genética. RESULTADOS: As UPCs apresentaram expressão positiva para CD13, CD29, CD73, CD105, CD324, Vimentina, Fibronectina e β-catenina e expressão reduzida para CD14, CD19, CD45 e HLA-DR. A análise citogenética de UPCs mostrou cariótipos sem anormalidades cromossômicas clonais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As células apresentaram marcadores de MSCs e UPCs e cariótipos normais. Por meio deste estudo, foi possível observar a semelhança das UPCs com as células-tronco mesenquimais. A estabilidade genética dessas células proporciona experimentos mais controlados/precisos em pesquisa básica, e potencial biossegurança na aplicação clínica. Como próxima etapa, espera-se avançar no entendimento do papel do gene LRRK2 no controle da susceptibilidade do hospedeiro à hanseníase através de estudo comparativo funcional, utilizando as células progenitoras urinárias de pacientes com background genético específico, para posterior diferenciação em macrófagos e desafio com Mycobacterium leprae.

PALAVRAS-CHAVE: Hanseníase; Mycobacterium leprae; LRRK2; Células progenitoras urinárias.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador