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AVALIAÇÃO DO PERFIL ALIMENTAR E A PRESENÇA DE DOENÇAS CRÔNICAS NA POPULAÇÃO DE CURITIBA, PR E REGIÃO METROPOLITANA

OLIVEIRA, Gabriel Egydio Danchura De ¹; MARTINS, Murilo Szpak ³; BORGES, Mariana Cordeiro ³; BERNARDELLI, Rafaella Stradiotto ³; CAMPELO, Patricia Maria Stuelp ²
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Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Farmácia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: Os ácidos graxos poli-insaturados ômega-6 (n-6) e ômega-3 (n-3) possuem um papel importante na saúde do ser humano, e seu impacto no organismo é diretamente dependente da proporção pela qual são consumidos. Nesse sentido, a depender da razão de consumo, o organismo pode desenvolver uma condição inflamatória crônica o que pode ocasionar doenças crônicas. Na revisão de literatura realizada, não foi encontrado nenhum dado a esse respeito na população do Paraná. OBJETIVOS: Este estudo avaliou os hábitos alimentares e o consumo de n-6 e n-3 da população de Curitiba, PR e região metropolitana, bem como o índice de prevalência de doenças crônicas nessa população tais como obesidade, hipertensão, dislipidemias e diabetes melitus. MATERIAIS E MÉTODO: Esta é uma pesquisa exploratória-descritiva mista, de cunho qualitativo e quantitativo, para avaliar os hábitos alimentares da população de Curitiba, PR e região metropolitana através da aplicação de um questionário com perguntas abertas e fechadas, traduzindo em números alguns dos dados coletados. Ele foi distribuído e aplicado por via remota, com amostragem não probabilística, selecionada por conveniência seguida por seleção por bola de neve. Para calcular o consumo total de ômega 6 e de ômega 3 por dia foi feito a soma de todos os alimentos que contribuíram com esses lipídeos. Essa soma foi feita individualmente para cada participante. Para alcançar o valor da razão n-6/ômega 3 foi realizada a divisão do consumo total de ômega 6 pelo de ômega 3 individualmente para cada um dos participantes. Uma vez que foi calculado o consumo individual, foi realiza a análise estatística dos dados para verificar a presença ou ausência de correlação significativa entre eles. RESULTADOS: Esse estudo verificou um consumo significativamente maior de ômega 6 do que ômega 3, com uma razão média de aproximadamente 10,5. A razão ômega 6/3 foi significativamente diferente entre os grupos 18 – 24 anos e de 45 – 59 anos, sem diferença entre as demais faixas etárias. Foi observado que este desbalanço é maior nos homens (11,2) do que nas mulheres (10,1). Entretanto, não houve correlação significativa entre a razão do consumo de n-6/n-3 com as doenças crônicas reportadas no questionário. Isso pode ter ocorrido em função do baixo número amostral. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O número amostral final válido do estudo foi considerado baixo (n=161), o que pode ter contribuído para não haver correlação entre o desbalanço no consumo de n-6/n-3 e as patologias relatadas. É possível que, em estudos com maiores valores amostrais seja possível estabelecer essa correlação ou estabelecer mais seguramente a inexistência dela. Ainda assim, fica evidente o desbalanço no consumo de n-6 e n-3 na população de Curitiba e região metropolitana, condição que pode estar correlacionada à uma maior incidência de doenças crônica e condições inflamatórias não relatadas na pesquisa.

PALAVRAS-CHAVE: Ácido linoleico; Ácido linolênico; Doenças crônicas; Desbalanço.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador