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ANÁLISE DA PREVALÊNCIA E PERSISTÊNCIA DOS SINTOMAS RELATADOS POR PACIENTES APÓS INFECÇÃO PELO SARS-COV-2

RITZMANN, Luísa Padilha ¹; BELTRAO, Claudio Jose ²
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Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: A covid-19, doença causada pelo novo coronavírus Sars-CoV-2, tem influenciado no cenário da saúde física e mental da população mundial. Os diversos agravos e complicações da doença têm impactado, ainda hoje, a qualidade de vida dos pacientes infectados pelo vírus, variando desde indivíduos assintomáticos a pacientes com síndrome respiratória aguda grave. Após a infecção, os pacientes podem apresentar a chamada “Síndrome Pós-covid-19”, que engloba desde sintomas respiratórios, como fadiga e dispneia, até dores musculares, como os sintomas mais prevalentes em questão. As alterações laríngeas, por exemplo, têm sido observadas na prática clínica do otorrinolaringologista em regime ambulatorial, por disfonia, disfagia e globus faríngeo. A literatura, entretanto, carece dados explicativos da fisiopatologia da ação viral relacionada com a variedade de sequelas após a infecção. Diante desse cenário, faz-se necessário um estudo observacional para identificar a prevalência dos sintomas da covid-19, a fim de realizar o tratamento, reabilitar e melhorar qualidade de vida dos pacientes. No contexto atual, em que a doença assola mais de 1 milhão de pessoas em todo o mundo, o entendimento das possíveis alterações, assim como a visão histórica de dados e pesquisas já realizados, são cruciais para o entendimento global em questão. OBJETIVOS: Estabelecer as principais queixas de pacientes infectados pelo Sars-CoV-2 e atendidos em um grande centro de atendimento, em Curitiba, PR. MATERIAIS E MÉTODO: O presente estudo se baseia no modelo de estudo observacional transversal, no Instituto Paranaense de Otorrinolaringologia, entre 01/03/2020 e 01/03/2022, por meio da análise individual de pacientes com diagnóstico de covid-19, ou pela pesquisa do CID B34.2 e de palavras-chave (covid-19, coronavírus, disfonia, disfagia, cefaleia, etc) com base no sistema de prontuário eletrônico Clinic, para verificação da prevalência dos sintomas. RESULTADOS: Foi possível observar quais os sintomas mais prevalentes entre os homens e as mulheres com diagnóstico de covid-19. Foram analisadas 34.143 consultas, sendo 20.169 de mulheres e 13.974 de homens, com uma média de idade de 48 e 47 anos, respectivamente. Dentre a população total 59,07% são mulheres. Para ser feita a relação dos sintomas, foi necessária a busca individual em cada prontuário, para posterior exclusão do número de buscas com o advérbio “nega” (ação de negar, negação) precedente à queixa. Nesse panorama, evidencia-se a tosse, com um total de 9.305 pacientes sintomáticos (27,25% da população total analisada), sendo 5.538 mulheres e 3.767 homens. A cefaleia foi o segundo relato mais prevalente com um total de 7.965 pacientes (23,32%). Ainda, destaca-se a dispneia (5,77%), disfonia (2,51%), fadiga (1,37%), disfagia (0,65%), e estridor (0,03%) em terceiro plano, seguindo uma ordem decrescente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Espera-se ampliar o conhecimento de alterações laríngeas e sistêmicas após a infecção pelo Sars-CoV 2, entender qual a relação dessa infecção viral com queixas clínicas e achados em sinais semiológicos. Além disso, procura-se avaliar a persistência dos sintomas supracitados, com a necessidade de um futuro estudo complementar, de forma organizada e protocolada, para então realizar uma análise do tempo de duração de cada queixa.

PALAVRAS-CHAVE: Sars-CoV-2; Disfonia; Tosse.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador