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SCHOPENHAUER: O PAPEL DO CORPO NA METAFÍSICA DA MORTE E A “NECESSIDADE METAFÍSICA”

FERNANDES, Maria Fernanda ¹; FONSECA, Eduardo Ribeiro Da ²
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Curso do(a) Estudante: Psicologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Este relatório aborda a reflexão sobre o conceito de corpo na obra de Schopenhauer, analisando seu estatuto filosófico em relação à Vontade e sua representação. Ao conceituar o corpo como objeto mediato e imediato do conhecimento, emerge a perspectiva schopenhaueriana de morte, centrada na distinção entre Vontade e Representação, abrangendo questões existenciais tanto subjetivas quanto objetivas. A compreensão do papel do corpo na metafísica da morte direciona a análise da “necessidade metafísica”, embasada na disposição filosófica do ser humano fortalecida pela consciência da finitude. OBJETIVOS: Os objetivos específicos deste estudo foram identificar os principais conceitos da Metafísica da Morte de Arthur Schopenhauer, situar a morte a partir dos conceitos de Vontade e Representação, definir o papel do corpo nesse contexto e expressar a importância da “necessidade metafísica” na construção de uma filosofia do consolo. MATERIAIS E MÉTODO: A metodologia caracteriza-se como qualitativa e classifica-se como revisão narrativa de literatura, realizando-se conforme as etapas: 1) a escolha do tema; 2) busca na literatura; 3) seleção de fontes; 4) leitura transversal; 5) redação e; 6) referências. Foram analisados textos relevantes da obra filosófica de Schopenhauer (especialmente os capítulos XVII – “Sobre a necessidade metafísica da humanidade” – e XLI – “Sobre a morte e a sua relação com a indestrutibilidade do nosso ser em si” – da obra “O mundo como vontade e representação”, segundo tomo) e textos de comentadores contemporâneos. Para a organização da pesquisa e elaboração do fichamento das obras estudadas, foi utilizada uma área de trabalho no aplicativo Notion. Os recursos bibliográficos foram provenientes da biblioteca da instituição e acervo particular. Os textos foram lidos e analisados criticamente, a fim de elucidar as similaridades e distinções entre a perspectiva de Schopenhauer e a de Freud sobre a morte e a velhice, articulando-as diante das possibilidades de desenvolvimento.

RESULTADOS: Os principais resutados destacam que a filosofia de Schopenhauer promove uma profunda reflexão sobre a relação entre a morte, a existência humana e a busca por sentido em meio às adversidades contemporâneas. A inquietação resultante da miséria do mundo é vista como uma oportunidade para a abertura metafísica da filosofia, buscando compreender a essência do mundo e a nossa conexão com ele. No entanto, é essencial atentar-se aos possíveis desvios e usos inadequados da religião e da metafísica, que podem reafirmar uma vontade de viver superficial, desprovida de reflexões filosóficas apropriadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir de motivações contemporâneas, sobremaneira o adoecimento e a morte de centenas de milhares de pessoas, e o impacto social e político das medidas de isolamento social, a pesquisa revelou a importância da relação entre a filosofia e a morte, que recebe destaque no pensamento de Schopenhauer. A morte é compreendida como um elemento primordial que desperta a reflexão filosófica e a necessidade metafísica do ser humano. Além disso, ao considerar a morte como um fenômeno natural e evolutivo, destacava-a a como uma fonte de questionamentos sobre a própria existência e o fundamento da necessidade metafísica do ser humano.

PALAVRAS-CHAVE: Corpo; Necessidade Metafísica; Metafísica da morte; Schopenhauer.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador