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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DE PACIENTES DIABÉTICOS PÓS TRANSPLANTE RENAL VIA AMBULATORIAL

ANZILIERO, Mirella Lopes ¹; RAMOS, Cassio Slompo ²
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Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A doença renal que ocorre em pacientes com diabetes é chamada nefropatia diabética ou doença renal diabética (DRD). A DRD manifesta-se com o aparecimento de albuminúria progressiva e/ou diminuição da taxa de filtração glomerular (TFG) que pode evoluir para DREF. Pacientes que evoluem para DREF tem como opções a diálise, peritoneal ou hemodiálise, e o transplante renal. O transplante renal é o tratamento de escolha na DREF em pacientes diabéticos. OBJETIVOS: Analisar o efeito do transplante renal sobre complicações crônicas comuns ao diabetes em pacientes previamente diabéticos, dentre elas: retinopatia diabética, nefropatia diabética, neuropatia diabética. MATERIAIS E MÉTODO: 43 pacientes do Ambulatório do Hospital Universitário Cajuru, portadores de diabetes tipo 1 e 2 pós transplante renal tiveram os prontuários revisados. RESULTADOS: Foram avaliados 43 pacientes, 37 masculinos e 6 femininos, a mediana da idade foi de 59,2 anos (mínimo 28 anos e máximo 76 anos), sendo a maioria dos pacientes com diabetes tipo 2 (36 pacientes). A maioria dos pacientes avaliados tinham um tempo de transplante superior a 5 anos (55,8%), com 16,3% dos pacientes com menos de 1 ano, 21% com menos de 2 anos e 7% entre 2 e 5 anos. Após o transplante renal 41,9% apresentavam nefropatia após o transplante, 32,6% apresentavam retinopatia diabética e 30,2% apresentavam neuropatia diabética. A hemoglobina glicada (HbA1c) foi mensurada em 34 pacientes no pós-transplante teve uma média de 8,8%. Os níveis de creatinina no pós-transplante tiveram uma mediana de 2,3 mg/dL (mínimo de 0,6 e máximo de 11,6) e a taxa de filtração glomerular uma média de 46,2 mL/min. A doença arterial periférica foi encontrada em 11% dos pacientes e doença arterial coronariana em aproximadamente 5%. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nosso estudo mostrou uma recorrência da nefropatia renal semelhante à da literatura e uma maior prevalência de neuropatia diabética no pós-transplante. A maioria dos paciente não estava bem controlado e não estava utilizando medicação que diminui desfechos renais. Assim sendo, existem várias lacunas no acompanhamento desses pacientes que podem ser melhoradas e dessa maneira, oferecer uma melhor qualidade de vida aos nossos pacientes.

PALAVRAS-CHAVE: Transplante renal; Nefropatia diabética; Doença renal crônica; Diabetes mellitus

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador