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COMPARAÇÃO DE TÉCNICAS CIRÚRGICAS NO TRATAMENTO DO ENCONDROMA DE MÃO: REVISÃO SISTEMÁTICA

FEUERSCHUETTE, Ana Paula Guimarães ¹; GIOSTRI, Giana Silveira ²
faixa-semic-branco
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: O encondroma é o tumor ósseo mais comum das mãos, sendo responsável por 90% das neoplasias esqueléticas encontradas nessa região. Tumores de cartilagem hialina, os encondromas, se desenvolvem devido a proliferação de restos fisários aprisionados na cavidade medular. Apesar de seu crescimento ser lento, o paciente se torna mais vulnerável às fraturas patológicas. As grandes lesões são tratadas com excisão cirúrgica intralesional, com adição ou não de enxerto ósseo. A decisão entre realizar a curetagem isolada ou preencher a cavidade óssea é um tópico em debate na comunidade científica. Além disso, não há consenso se, quando associado com fratura patológica, deve-se intervir no encondroma precocemente ou somente após a cicatrização da fratura. OBJETIVOS: Comparar as técnicas cirúrgicas no tratamento do encondroma de mão a fim de verificar se alguma apresenta desfecho superior a outra. Os objetivos específicos desta pesquisa incluem a comparação das taxas de recorrência, ocorrência de fraturas patológicas, complicações pós-operatórias e recuperação funcional da mão entre a técnica cirúrgicas para o tratamento do encondroma, como curetagem isolada e métodos para preenchimento da cavidade, por exemplo: Autoenxerto esponjoso, aloenxerto e enxerto com material sintético (cimento de hidroxiapatita, colágeno, fosfato de cálcio, matriz óssea desmeralizada, vidro bioativo, grânulos biológicos e material osteocondutor). MATERIAIS E MÉTODO: Esta revisão sistemática comparou o sucesso entre as técnicas cirúrgicas, correlacionando taxas de recorrência, ocorrência de fraturas patológicas, complicações pós-operatórias e recuperação funcional da mão. Seguindo o protocolo PRISMA, após a análise de 563 artigos, apenas doze foram selecionados avaliação criteriosa, sendo classificados por meio da escala NewCastle-Ottawa. RESULTADOS: Um total de 1012 pacientes e 1064 lesões foram descritas nos 12 artigos selecionados. A técnica mais utilizada foi a de ressecção do encondroma por curetagem, associada à preenchimento da cavidade por enxertia autóloga. No total, havia 445 mulheres (54%) e 377 homens (46%), com idade média 35,8 anos. A falange proximal foi o local mais comum em 208 casos (44%), falange média em 98 casos (21%), metacarpos em 85 casos (18%), falange distal em 71 casos (15%), ossos do carpo em 5 casos (1%) e radio distal em 1 caso (0,2%). Dos 1012 pacientes, 333 (33%) tiveram fratura patológica As complicações mais comuns foram de infecção pós cirúrgica e dor persistente, apresentando uma taxa de 6,8%. Dos 1064 tumores, 38 apresentaram recidiva, chegando a uma média de 3,5% de recorrência. Dos 7 estudos que detalharam taxa de malignização, obteve-se 6,3 transformações malignas em 870 tumores (0,72%). CONSIDERAÇÕES FINAIS: A comparação entre as técnicas cirúrgicas no tratamento do encondroma ainda é algo que precisa ser melhor pesquisada. A falta de padronização em relação a avaliação da funcionalidade da mão e o modo de comparação entre elas é algo que compromete a confiabilidade do estudo e torna uma metanálise inviável. Uma alternativa seria estabelecer um protocolo para que seja seguido, tanto para a análise da recuperação funcional da mão, quanto para a melhor descrição das complicações cirúrgicas, taxas de recorrência e porcentagem de malignização entre os grupos comparados.

PALAVRAS-CHAVE: Encondroma; Curetagem isolada; Autoenxertia; Substituto ósseo.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador