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ANÁLISE DE ASSOCIAÇÃO DE GRAVIDADE DA COVID-19 E SEQUELAS 6 MESES PÓS-ALTA HOSPITALAR

BUSATO, Sofia Roveda ¹; HAAGSMA, Ariele ³; BAENA, Cristina Pellegrino ²
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Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: Os sobreviventes do covid-19 descreveram sintomas de longo prazo após a doença aguda, que afetam o bem-estar e qualidade de vida dos pacientes. Esses sinais constituem um grupo heterogêneo chamado de Síndrome pós-aguda pela covid-19 (PACS). O objetivo deste estudo é descrever sintomas persistentes 6 meses após o diagnóstico de covid-19. OBJETIVOS: Descrever as características sociodemográficas, características da infecção aguda, da internação hospitalar e sequelas da população diagnosticada com PACS em uma segunda consulta após 6 meses da infecção aguda. Desenvolver hipóteses plausíveis a partir de dados coletados sobre a gravidade e as sequelas de pacientes hospitalizados, em uma segunda consulta pós internação, correlacionando com os sintomas relatados na primeira consulta pós internação. MATERIAIS E MÉTODO: Coorte observacional e prospectiva, pacientes previamente hospitalizados e ambulatoriais do sistema de saúde público de Curitiba e região metropolitana diagnosticados com covid-19 entre Jun/2020 e Fev/2022 foram avaliados em uma clínica multidisciplinar sobre infecção aguda e sequelas atuais. Todos os pacientes de segunda consulta deste estudo foram diagnosticados com PACS, baseado no conceito da OMS. RESULTADOS: Foram incluídos 53 sobreviventes. A amostra total obteve uma idade média de 51,13 ± 13,03 anos e 52,8% eram mulheres. Em relação às características da infecção aguda e do internamento devido ao covid-19, a população geral apresentou uma mediana de 4 sintomas (IQR 1 – 12) e 98,1% dos pacientes necessitou de internamento hospitalar. Em uma segunda consulta pós quadro agudo de covid-19, 39,6% dos pacientes apresentaram novos sintomas, em relação a primeira consulta. Sintomas persistentes foram relatados por 62,3% dos pacientes. Os sintomas com maior significância estatística tanto na primeira consulta, como na segunda consulta, foram (% 1ª consulta, % 2ª consulta, p) dispneia (81,1%; 22,6%; 0,000) e dores em membros inferiores (52,8%; 20,8%; < 0,001). O único sintoma que apresentou piora na segunda consulta foi a dificuldade de raciocínio (3,8%, 17,3%, 0,039). Observou-se que a maioria dos pacientes foram hospitalizados, com mais da metade necessitando de internação em UTI. Na segunda consulta, muitos pacientes apresentaram persistência dos sintomas e 39,6% manifestaram novos sintomas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os sintomas crônicos foram correlacionados com a gravidade da infecção aguda. As sequelas mais significativas após cerca de 169 dias foram dispneia, dores em membros inferiores e dificuldade de raciocínio. Houve uma diminuição da presença desses sintomas entre a primeira e segunda consulta. Por fim, o estudo indica que a recuperação do covid-19 pode se estender além da infecção aguda, exigindo cuidados e reabilitação pós-agudos.

PALAVRAS-CHAVE: Sars-CoV-2; covid-19; covid Longa; Saúde pública.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador