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ANÁLISE DE ASSOCIAÇÃO DE GRAVIDADE DA COVID-19 E SEQUELAS 3 MESES APÓS ALTA HOSPITALA

OTTO, Felipe Giaretta ¹; HAAGSMA, Ariele ³; BAENA, Cristina Pellegrino ²
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Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: A Síndrome Pós-Aguda pela covid-19 (PACS) tem sido objeto de crescente preocupação entre os profissionais de saúde e pesquisadores, devido à sua manifestação persistente em pacientes após a recuperação da infecção pelo coronavírus. OBJETIVOS: Neste estudo, buscamos investigar a prevalência, características clínicas e possíveis implicações da PACS em uma população de sobreviventes da covid-19. MATERIAIS E MÉTODO: Coorte observacional e prospectivo, foram avaliados pacientes diagnosticados com covid-19 entre junho de 2020 e fevereiro de 2022, que foram previamente hospitalizados ou atendidos em ambulatórios do sistema de saúde público de Curitiba, PR e região metropolitana. Esses pacientes foram submetidos a uma avaliação clínica multidisciplinar. A classificação dos pacientes foi feita de acordo com os critérios estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em infecção subaguda (IS) e Síndrome Pós-Aguda pela COVID-19 (PACS). As variáveis consideradas incluíam histórico da infecção aguda, período de internamento e presença de sequelas atuais. Essas foram colocadas em uma regressão logística binária, com intuito de analisar a associação da gravidade da covid-19 com a presença de sequelas 3 meses após a alta. RESULTADOS: Os resultados revelaram uma alta prevalência de PACS nessa população de sobreviventes, especialmente entre aqueles que foram hospitalizados. Presentes em 25,5% (n = 29) da população de 113 pacientes, sendo eles 16 mulheres (55,2%) com uma idade mediana de 52,69 anos. Da população total 65,5% possuem algum tipo de comorbidade inicial, sendo diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia as mais comuns tanto entre os resultados de COVID subagudo, quanto de PACS. Os principais sintomas relatados incluíram parestesia de membros inferiores em 10 pacientes (34,5%), rouquidão em 5 (17,2%), dispneia em 17 (58,6%), tosse em 6 (20,7%) e alterações capilares em 15 (51,7%). Os resultados também apontaram para a ausência de fatores preditores consistentes para o diagnóstico de PACS, exceto o tempo decorrido entre o início do quadro agudo e aconsulta ambulatorial (p = 0,050). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Há uma possível associação entre o diagnóstico de PACS e quadros agudos mais graves que requereram internação em unidades de terapia intensiva (UTI) e o uso de oxigenação suplementar. Essa correlação destaca a importância de uma abordagem integral na gestão da covid-19, considerando tanto a fase aguda quanto a pós-aguda e crônica, para melhorar os resultados clínicos e a qualidade de vida dos pacientes. PALAVRAS-CHAVE: covid-19; Sars-CoV-2; covid-longo; Síndrome aguda; Pós-covid-19.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador