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SARS-COV 2 E DOENÇA CARDIOVASCULAR – AVALIAÇÃO DE ALTERAÇÕES ECOCARDIOGRÁFICAS DE PACIENTES EM SEGUIMENTO AMBULATORIAL PÓS-COVID

BRAZZOLOTTO, Bruna De Freitas ¹; FREITAS, Ana Karyn Ehrenfried De ³; HAAGSMA, Ariele ³; BAENA, Cristina Pellegrino ²
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Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: Em dezembro de 2019, surgia em Wuhan, na China, uma nova doença causada pelo Sars-CoV-2, a doença por Coronavírus 2019 (covid-19) que causou grande impacto mundial, sendo classificada como uma pandemia. A infecção pode se manifestar com um amplo quadro de alterações cardiovasculares, como miocardite, síndrome coronariana aguda, pericardite, insuficiência cardíaca e arritmias. Entretanto, notou-se que após o quadro agudo diversos pacientes permaneceram com a sintomatologia da doença, a qual foi denominada como Síndrome Pós-covid. Nesse cenário, há escassez de estudos que expliquem o acometimento cardiovascular crônico. OBJETIVOS: Descrever os achados ecocardiográficos que possam estar relacionados a lesão do sistema cardiovascular na fase aguda da doença e no seguimento ambulatorial após seis meses e um ano da infecção pelo SARS-Cov-2 MATERIAIS E MÉTODO: O estudo se caracteriza como um coorte prospectivo multicêntrico que analisou a população do estudo ReCOVer. A avaliação interdisciplinar global foi dividida em duas etapas de consultas presenciais em que foram coletados dados clínicos e solicitados exames de investigação cardiovascular. Nas consultas, os pacientes foram classificados em covid-19 longo ou covid-19 subagudo conforme o tempo de permanência dos sintomas após a infecção aguda. A análise dos dados foi realizada conforme cada subgrupo RESULTADOS: A amostra final foi composta por 81 pacientes, sendo a idade média de 53 anos e o sexo feminino discretamente preponderante (60,5%). Destaca-se a presença de ao menos uma comorbidade preexistente (81,4%), sendo as doenças cardiovasculares as mais prevalentes. A maioria dos pacientes necessitou de hospitalização durante o quadro agudo da doença (95,1%) e internamento em UTI (72,8%). Segundo as categorizações atribuídas, 29,6% dos pacientes foram classificados como covid-19 subagudo e 70,4% com covid-19 longo. Comparativamente, o grupo covid-19 subagudo apresentou uma idade média maior (p = 0,026). Já os pacientes com covid-19 longo tiveram uma média superior de dias em UTI (p = 0,021) e maior necessidade de ventilação mecânica não invasiva (p = 0,013). Não houve diferença estatística entre os achados eletrocardiográficos e ecocardiográficos entre os grupos e a população geral. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados sugerem que os sintomas pós-covid apresentados pelos pacientes não são oriundos das sequelas cardiovasculares, visto que as alterações ecocardiográficas persistentes após o quadro agudo são semelhantes a população geral.

PALAVRAS-CHAVE: Síndrome pós-covid; Ecocardiografia; Sars-CoV 2; COVID-19 longa.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador