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O SENTIDO ANTROPOLÓGICO DA NOÇÃO DE UTOPIA (PT1)

ORTEGA, Bruno Fonseca ¹; TIBALDEO, Roberto Franzini ²
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Curso do(a) Estudante: Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: Este trabalho traz uma análise do papel desempenhado pela utopia como estado antropológico-imaginativo e acerca da imagem que é resultante desta em uma interpretação ontológica acerca dos fatos antropológicos de Hans Jonas, nomeadamente na sua “ontologia potencial” existente na imagem e na imaginação. Tal como, deseja-se realizar um estudo a respeito da aplicação da capacidade figurativa e imaginativa em conjunto ao movimento corporal presente e destacado tanto por Jonas na noção de “controle eidético da capacidade de movimento” quanto pelo filósofo Maurice Merleau-Ponty sobre a experiência obtida da atividade corporal como meio de expressão figurativa operante acerca da compreensão da sensibilidade envolvida de uma representação intencional da própria corporeidade em relação à condição de ser-no-mundo. Assim, o problema de pesquisa que guia este trabalho é: Como pode ser esclarecido o sentido antropológico da noção de utopia mediante a junção das perspectivas de Hans Jonas e Maurice Merleau-Ponty? OBJETIVOS: Deste modo, objetivou-se: 1. Entender como se estruturam a formação de imagens e a liberdade eidética da imaginação presente no homo pictor de Hans Jonas; 2. Elucidar como a utopia pode ser compreendida de acordo com Merleau-Ponty como expressão do movimento do corpo humano no mundo; 3. Demonstrar como estes dois tópicos podem juntos aludir o sentido antropológico de utopia, isto é, a própria capacidade figurativa inerente do ser humano. MATERIAIS E MÉTODO: O método utilizado perante a pesquisa foi o usufruto de uma coleta de dados em base de pesquisas bibliográficas e de análises críticas e sistemáticas de artigos/obras filosóficas em diferentes idiomas (português, francês, inglês) que se interligam para atingir a finalidade de se aprofundar mais na temática de estudo. RESULTADOS: Dentre os principais resultados estão: O fato da imaginação poder separar o eidos lembrado do encontro individual ocorrido, libertando-se, assim, dos acasos do espaço e tempo, a ponto de possibilitar a reflexão das coisas na imaginação; A viabilidade de se obter através das imagens e das pinturas a iminência de se avançar no conhecimento por meio do ato de refazer as coisas pela representação e de colocar o intelecto em direção ao objeto, permitindo a reflexão desse objeto que se constata pela visão ou que se cria; A capacidade associada ao corpo de ser o veículo de ser-no-mundo ou o fenômeno da expressão do interior ou da subjetividade que é traduzida pela motilidade corporal ao constituir o que fora figurado e projetado pelo interior em realidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por fim, com a pesquisa permitiu-se chegar à seguinte conclusão a respeito de que o esclarecimento da situação transanimal ou a condição do “eu posso” atrelado ao ser humano está diretamente relacionada a uma condição exclusiva que se expõe por intermédio de várias aptidões relacionadas ao sentido antropológico de Utopia, tais como as de natureza simbólica, criativa, figurativa, abstrata e física.

PALAVRAS-CHAVE: Imaginação; Motilidade corporal; Utopia; Hans Jonas; Maurice Merleau-Ponty.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador