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RECEPÇÃO DE VÍTIMAS DE TENTATIVA DE SUICÍDIO EM PRONTO ATENDIMENTO DE HOSPITAL GERAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA

GILBER, Débora ¹; SOUZA, Maria Clara Szotka De ³; MENEGATTI, Claudia Lucia ²
faixa-semic-branco
Curso do(a) Estudante: Psicologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Psicologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: O suicídio enquadra-se como um ato consciente e intencional de aniquilação de si mesmo, ainda que ambivalente, sugerindo mecanismos de adaptação exíguos do sujeito. Está entre as principais causas de morte de jovens e possui alta incidência em hospitais. Portanto, o suicídio configura-se como um problema urgente de saúde pública mundial e deve-se questionar sobre o preparo do ambiente que realiza o atendimento à vítima de tentativa de suicídio podendo tornar-se um local para a execução do ato em si. No Sistema Público de Saúde Brasileiro, há rotinas estabelecidas pela RAPS para estes atendimentos. A RAPS destina-se a pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde. OBJETIVOS: Este estudo se propôs a identificar rotinas de recepção às vítimas de tentativa de suicídio em hospitais gerais públicos de Curitiba, PR, bem como sua conformidade com as rotinas da Rede de Atenção Psicossocial (Portaria nº 3088, de 23 de dezembro de 2011). MATERIAIS E MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa aplicada do tipo observacional, que ocorreu em dois hospitais públicos de Curitiba, PR. A pesquisa contou com oito profissionais, sendo quatro de cada hospital. Participaram médicos, psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais, os quais foram entrevistados um profissional de cada categoria por hospital. Cada profissional aceitou participar da entrevista pela assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, aprovado pelo comitê de ética da PUCPR pelo CAAE 67419123.9.0000.0020, com a inclusão do Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, PR como instituição participante. As entrevistas foram totalmente gravadas, integralmente transcritas e foi realizada a análise de conteúdo de acordo com os temas propostos para esta pesquisa, com auxílio do software Atlas.ti 9. RESULTADOS: Constataram-se diferenças entre os protocolos dos hospitais H1 e H2, sendo que H1 possuía uma abordagem de recepção mais estruturada do que H2. As divergências com a RAPS foram: H1 não contava com psiquiatras na equipe multiprofissional, enquanto H2 não tinha a atuação de psicólogos no pronto-socorro; ambos os hospitais não possuíam enfermaria especializada nem acompanhamento pós-alta em saúde mental. Todos participantes atribuíram importância à atuação de profissionais de saúde mental e conscientização sobre a tratativa adequada para estes casos na equipe multiprofissional. Algumas áreas profissionais não receberam capacitação para esta demanda, mas todos os participantes demonstraram interesse em se capacitar. Foram reconhecidos esforços dos dois locais para assegurar a segurança dos pacientes de tentativa de suicídio. O principal destino dos encaminhamentos era o CAPS, seguido da internação psiquiátrica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Salienta-se a importância de haver psiquiatra na equipe e o atendimento do psicólogo desde o ingresso do paciente na emergência do hospital. Além disso, destaca-se a obrigação, segundo a RAPS, de disponibilizar enfermarias especializadas em saúde mental em hospitais gerais, com todas as adequações necessárias para proporcionar o atendimento mais seguro a esse público. Por fim, conforme a portaria supracitada, existem rotinas articuladas com a RAPS, preconizadas pelo Ministério da Saúde, que devem ser seguidas.

PALAVRAS-CHAVE: Suicídio; Hospital geral; Assistência hospitalar; Rede de atenção psicossocial.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador