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ANÁLISE DIALÉTICA DA HUMANIZAÇÃO DO BRASILEIRO EM OS SERTÕES

MARTINS, Felipe Worliczeck ¹; CAMARGO, Paulo Roberto Ferreira De ²
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Curso do(a) Estudante: Jornalismo – Escola de Belas Artes – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Jornalismo – Escola Belas Artes – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: A presente pesquisa consiste no estudo das diferentes maneiras como Euclides da Cunha humanizou a população presente no conflito de Canudos enquanto jornalista pelo O Estado de S. Paulo por meio de ferramentas do jornalismo literário, que possibilita exercício da cidadania e construção de personagens tridimensionais por meio de suas narrativas. Para isso, foi analisado também o perfil de Antônio Conselheiro presente na obra e comparado com a estrutura mítica da Jornada do Herói, assim como a utilização de teorias dos campos da Sociologia, Filosofia e História. OBJETIVOS: O objetivo geral da pesquisa consiste em entender de que maneiras Euclides da Cunha humaniza a população presente no conflito por meio de ferramentas próprias do jornalismo literário, contrapondo a imprensa da época, em sua maioria favorável à causa republicana. Os objetivos específicos são: i. Delimitar o conceito de jornalismo literário ii. Interpretar os conceitos múltiplos de humanidade iii. Entender como a Jornada do Herói auxilia no estudo da humanização iv. Analisar como os conceitos múltiplos de humanidade aparecem na obra de Cunha v. Entender, por meio do método dialético, a humanização multifacetada de Cunha. MATERIAIS E MÉTODO: Os dois recursos metodológicos utilizados para a execução da pesquisa foram a estrutura da Jornada do Herói, desenvolvida primeiramente por Joseph Campbell e depois aplicada à escrita de perfis por Monica Martinez; e a análise dialética, teoria importada da filosofia hegeliana para expressar o contraditório em alguns dos dados achados pelo levantamento. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que trabalha em áreas de pensamento subjetivo, que não podem ser mensuradas. RESULTADOS: Euclides da Cunha, por meio da descrição de cenas, humaniza a população do conflito, ao passo que a República buscava esconder a brutalidade da quarta expedição na região por meio de uma imprensa omissa. Além disso, o jornalista também utilizou-se de oito das doze etapas propostas por Monica Martinez para a Jornada do Herói no perfil de Antônio Conselheiro. Por outro lado, Euclides da Cunha evidencia diversas ideias racistas durante a obra, desumanizando certos grupos e, por vezes, bestializando-os. Essas contradições, por sua vez, implicam em uma relação dialética da obra. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A presente pesquisa levanta que a humanização não foi plenamente desenvolvida na obra jornalística Os Sertões, de Euclides da Cunha, por meio de uma análise dialética, tanto na forma quanto no conteúdo da obra. Para trabalhos futuros, é interessante aprofundar-se em outras obras anteriores ao nascimento da classificação do jornalismo literário, bem como a utilização de ferramentas literárias dentro do jornalismo.

PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo; Literatura; Os Sertões.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador