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RELAÇÃO ENTRE O CONSUMO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS ULTRA PROCESSADOS DE GESTANTES E A PREMATURIDADE DO RECÉM-NASCIDO DE UMA COORTE DE SUL DO BRASIL

SASAYA, Anya Tiemi ¹; BRUNETTI, Giovanna ³; ORSI, Juliana Schaia Rocha ³; AULER, Flavia ²
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Curso do(a) Estudante: Nutrição – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Nutrição – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: Estudar alterações nutricionais e metabólicas que ocorrem durante a gestação é fundamental para entender a influência deste ambiente intrauterino no desenvolvimento do bebê e na influência na sua vida adulta. A prematuridade infantil é a principal causa de morbidade e mortalidade neonatal mundial e possui consequências na saúde da criança e da gestante, e pode gerar problemas socioeconômicos nas famílias por ser um processo delicado tanto para a mãe quanto para o filho. A inadequação do estado nutricional materno tem grande impacto sobre as condições do concepto ao nascer, pois o período gestacional é uma fase na qual as exigências nutricionais são elevadas em comparação ao período pré-gestacional, visando permitir os ajustes fisiológicos no organismo materno e o desenvolvimento fetal. OBJETIVOS: O objetivo geral deste relatório foi discutir a relação entre o consumo de produtos ultraprocessados de gestantes na prematuridade de recém-nascidos do estudo de coorte COOSMIC. MATERIAIS E MÉTODO: A Coorte de Saúde Materno-Infantil de Curitiba (COOSMIC) conta com um estudo observacional e longitudinal, um estudo realizado pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná em parceria com a Unidade de Saúde Mãe Curitibana, com uma coleta de dados presencial e remota em épocas de pandemia, através de entrevistas que acompanham o período gestacional até a criança completar dois anos de vida. Os critérios de inclusão foram mulheres residentes em Curitiba, PR, acima de 18 anos completos. Foram analisadas as ingestões sobre o consumo alimentar durante a gestação, dados que foram coletados através do Questionário de Frequência Alimentar (QFA) e a idade gestacional. RESULTADOS: Foram incluídas na amostra 236 gestantes que passaram pelos critérios de inclusão e exclusão. A coleta indicou que 31,8% das gestantes da amostra (n=75) relataram um alto consumo de alimentos ultraprocessados durante a gestação, sendo algumas com valores extremamente altos, onde os ultraprocessados representam mais de 50% do consumo calórico total diário. Observou-se que as gestantes que confirmam a hipótese inicial do estudo representam a maioria da amostra, com um total de 150 gestantes (6 que tiveram um alto consumo de ultraprocessados e que tiveram o parto prematuro e 144 que não tiveram partos prematuros e tiveram um consumo normal/baixo). Essa amostra representa 63,6%. Em contrapartida, as gestantes que não confirmam a hipótese são 86 (17 gestantes que tiveram parto prematuro porém relataram um consumo normal/baixo de ultraprocessados e 69 gestantes que não tiveram partos prematuros e relataram um consumo elevado), representando 36,4% da amostra. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A adoção de uma dieta majoritariamente fundamentada em alimentos ultraprocessados está associada a um aumento do risco de desenvolvimento de DCNTs, como obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer. Assim, é de suma importância compreender as particularidades e os impactos desses alimentos, com o intuito de promover a conscientização da população sobre a necessidade de uma alimentação mais saudável e equilibrada, valorizando a seleção de alimentos naturais e minimamente processados como alicerce de uma dieta nutritiva e promotora de bem-estar.

PALAVRAS-CHAVE: Prematuridade; Alimentos ultraprocessados; Saúde Materno Infantil; Coorte de Saúde Materno Infantil.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica no programa PIBIS da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador