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AVALIAÇÃO DE ALTERAÇÕES MORFOMÉTRICAS PLACENTÁRIAS EM GESTANTES INFECTADAS PELO SARS-COV-2

NORDER, Gabriela Gonze ¹; NORONHA, Lucia De ²
faixa-semic-branco
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Em 2020, teve início uma pandemia em escala mundial causada pelo Corona Vírus SARS-CoV-2, a doença foi nomeada COVID-19 pela OMS. Descoberta em 2019, tal doença, tomou proporções inimagináveis, causando um grande impacto na história do século XXI, com um total de cerca de 6.900.000 de mortes e 692.000.000 de casos (dados maio/2023) 2. Concomitante a isso, foram constatados alguns casos de morbimortalidade em fetos recém-natos de gestantes com infecção perinatal pelo vírus SARS-Cov-2. Assim, levantou-se uma dúvida com relação à gestação: se haveria ou não transmissão materno-fetal de tal vírus. Diante disso, este projeto visa contribuir com análises placentárias de possíveis alterações decorrentes da infecção por SARS-CoV-2 em placentas, comparando grupo COVID-19 e grupo controle não infectado através de um estudo observacional prospectivo caso-controle. OBJETIVOS: O objetivo geral consiste em descrever e quantificar alterações morfométricas em placentas de gestantes com infecção documentada pelo SARS-CoV-2 (grupo estudo), em comparação com achados de placentas de gestantes não infectadas (grupo controle), pareadas por idade gestacional, idade materna e comorbidades, assim como suas repercussões clínicas. MATERIAIS E MÉTODO: A avaliação quantitativa morfométrica incluiu perímetro e diâmetro de vilos terciários, número de nós e brotos sinciciais, quantidade de fibrina depositada nos vilos e deposição de colágeno tipo I e III por coloração Sirirus Red; além de contagem de células de Hofbauer (HC) através de imuno-histoquímica por marcador CD68. RESULTADOS: Os resultados obtidos demonstraram que mulheres sintomáticas do grupo COVID-19 se demonstraram mais propensas a ter, pelo menos, uma comorbidade e estas tiveram como desfecho: parto pré-termo, morte do concepto e teste SARS-CoV-2 RNA positivo nesses recém-nascidos. As análises morfométricas não demonstraram resultados significativos entre os dois grupos, controle e COVID-19. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se, então, que mulheres com infecção sintomática do vírus SARS-CoV-2, principalmente com evolução mais severa, são mais propensas a exibir desfechos adversos. Quanto à análise morfométrica, não existiram grandes diferenças entre placentas do grupo controle e do grupo COVID-19, desde que pareadas segundo idade materna, idade gestacional e comorbidades. O único parâmetro que podemos que podemos salientar seria a deposição de fibrina nas vilosidades e sua fibrose, um pouco mais acentuada no grupo COVID-19 (p = 0.08 – borderline). A quantidade de células de Hofbauer avaliados por imuno-histoquímica com CD68 não mostraram diferenças relevantes entre os grupos.

PALAVRAS-CHAVE: placenta, gestante; SARS-CoV-2, COVID-19; transmissão vertical; análise morfométrica.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador