TERAPIA DA ACEITAÇÃO E COMPROMISSO EM IDOSOS: REVISÃO DO ESTADO DA ARTE

INTRODUÇÃO: O Brasil está envelhecendo. Os idosos representam 14,3% da população. Estima-se que até 2030, este grupo ultrapasse crianças e adolescentes de 0 a 14 anos, chegando em 2060 a 73 milhões de pessoas. Nesse cenário, surge um desafio complexo e urgente para os governantes e a sociedade, uma vez que a demanda e as necessidades desse público serão cada vez mais frequentes nos ambientes da clínica psicológica e nos serviços de saúde. OBJETIVOS: O presente estudo teve como objetivo identificar o que a literatura tem publicado sobre a aplicação da ACT na população idosa, sua metodologia e resultados. MATERIAIS E MÉTODO: Para isso, utilizamos como método a revisão de literatura apoiada na metodologia PRISMA. Foram consideradas pesquisas experimentais com análise de dados nos modelos quantitativos e qualitativos. Os estudos foram identificados por meio de bases de dados eletrônicos, verificação de lista de referências e contatos com alguns autores para a inclusão de estudos não abertos. Foram consultados as bases Pubmed, BVS, Scopus, Psyinfo, Wiley, Ebsco e Biblioteca Digital Brasileira de teses e dissertações (BDTD). Os descritores utilizados foram “terapia da aceitação e compromisso” e “idosos”, bem como suas traduções para o inglês e o espanhol. A extração dos dados foi realizada no dia 17 de outubro de 2022, não sendo aplicado qualquer restrição quanto a data de publicação. RESULTADOS: Os achados mostraram que 11 artigos investigaram a aplicação da ACT em idosos com sintomas depressivos e ansiosos, 5 investigaram intervenções em dor crônica, 2 artigos em cuidados paliativos e os outros 3 artigos estudaram a exposição e tolerância ao exercício físico para pacientes em reabilitação cardíaca, o sofrimento emocional por diabetes tipo 2 e distorção corporal aliado a pensamentos ruminantes. Quanto ao desfecho das intervenções, os resultados da ACT são promissores para a redução dos sintomas depressivos, sintomas ansiosos, dor crônica, auxilia pacientes em processo de cuidados paliativos e cuidados como em saúde como reabilitação cardíaca, sofrimento emocional diabete tipo-2 e processos de distorção corporal. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por fim, constatou-se um baixo número de pesquisas, amostras pequenas, poucos estudos com randomização e grupo controle, uso de instrumentos não específicos para idosos e uma diversidade ampla quanto ao conteúdo das sessões, as intervenções mapeadas foram majoritariamente em grupo ou individual.

PALAVRAS-CHAVE: Terapia de aceitação e compromisso; Idosos; Revisão sistemática.