O PROBLEMA DO MAL E SUA RELAÇÃO COM O BEM NA FILOSOFIA DE AGOSTINHO E TOMAS DE AQUINO

INTRODUÇÃO: Problemáticas éticas já eram debatidas antes do cristianismo, mas no contexto medieval recebeu um caráter novo na tentativa de explicar a origem do bem e do mal. Desde então diversos autores debateram sobre o problema com base na noção ontológica do bem, mas que traz junto de si o debate acerca do mal. Nessa pesquisa, faz-se referência à visão dos mais influentes filósofos cristãos do período medieval, Agostinho e Tomás. OBJETIVOS: explicitar pontos de convergências e divergências em relação ao problema do mal na filosofia de Agostinho e Tomás de Aquino MATERIAIS E MÉTODO: a pesquisa se orientou pela leitura, análise, comparação e interpretação das obras de Agostinho e Tomas. RESULTADOS: O que se observa de diferente entre os pensadores é o ponto de vista a partir do qual se posicionam em relação ao bem. Veja que a concepção de bem em Santo Agostinho está alinhada a uma perspectiva marcadamente bíblico-teológica, pois é visível a relação entre Deus, o bem e a criação. Já a visão de Tomás de Aquino se encontra bem conectada com os pressupostos da filosofia aristotélica. Mas, quanto ao mal, os pensadores são convergentes em um aspecto fundamental: eles entendem que a gênese do mal não está em Deus, ou seja, Deus não pode ser responsabilizado pela existência do mal CONSIDERAÇÕES FINAIS: é possível inferir que o modo como os dois pensadores conceberam a questão do mal, mesmo em um contexto diferente e bem distante do nosso tempo, serve de referência para o nosso enfretamento ao fenômeno do mal que se encontra multifacetado na atualidade. Os pensadores nos instigam a refletir sobre as nossas escolhas tendo como aspecto fundamental o exercício da nossa liberdade.

PALAVRAS-CHAVE: Agostinho; Livre arbítrio; Mal; Tomas de Aquino