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ÉTICA E MÍSTICA NO TRACTATUS LOGICO- PHILOSOPHICUS DE LUDWIG WITTGENSTEIN

LUZ, Vinicius Alexandre Beiger Da ¹; BORGES, Valdir ²
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Curso do(a) Estudante: Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A presente pesquisa trata de tecer uma análise da filosofia de Wittgenstein à luz da sua obra Tractatus Logico-Philosophicus, com enfoque principal a partir do último aforismo do Tractatus, ou seja, a abordagem do autor diante daquilo que não se pode falar e se deve calar, interpretado enquanto o projeto ético e a vivência da mística (vivência sub specie aeterni) na interpretação do filósofo de Viena. OBJETIVOS: Analisar a estrutura e interpretações do aspecto “místico” presente na primeira parte da filosofia de Wittgenstein, a partir de sua obra Tractatus Logico-Philosophicus e de selecionados comentadores que, a partir do filósofo de Viena, realizaram a conjuntura entre o mundo do logos e da linguagem ao mundo da vida em suas diferentes formas, propondo, assim, uma resposta ética aos desassossegos e crises que se nos apresentam contemporaneamente.
MATERIAIS E MÉTODO: O método que pareceu oportuno é o qualitativo documental, uma vez que a leitura do TLP, a partir do seu sétimo aforismo, principal ponto de partida para nossa pesquisa, requer a investigação da literatura específica que pretende ler e explorar a filosofia não-dita com os óculos de Wittgenstein. A pesquisa dentro dos autores supracitados – e outros que aqui possam não ter sido mencionados, mas que podem surgir ao longo da pesquisa – contribuem como uma coluna vertebral da intenção de, partindo da filosofia analítica de Wittgenstein, passar pelos meandros do indizível em seu pensamento, e mostrar a centralidade dos aspectos éticos e místicos concernentes para o mundo hodierno e dar mais uma contribuição de resposta à pergunta: “para que serve a filosofia?”. RESULTADOS: No decurso da pesquisa, tratamos de temas que encontram diversas interpretações entre os comentadores de Wittgenstein. Bosso (2015) afirma que, para tratar dessa pergunta, sobre um conceito fechado e simples de filosofia em Wittgenstein, podem ser admitidas diversas respostas. Complementa-se ainda que, nos escritos do filósofo, é preciso saber diferenciar valor e preço, o valor se encontra no próprio discurso filosófico, mais do que no benefício econômico, mercantil, especulativo no qual nossa sociedade se encontra imersa em sempre procurar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Segundo Wittgenstein, no entanto, se reafirma o ditado de que não há nada mais prático do que uma boa teoria. Cruz (2015) ainda complementa: “o filósofo se aplica a tentar registrar o autêntico silêncio da experiência, a procurar perceber a densidade que esta nos oferece e que costuma passar desapercebida por quase todo mundo” (p. 20). Aqui se ilumina o projeto do filósofo no Tractatus, que, segundo Themudo (1989): “contém uma ontologia, uma lógica, uma filosofia da linguagem, uma teoria da ciência, uma estética e uma ética” (p. 371). O reconhecimento de tal atividade de contemplação, a espécie eterna e a tendência do espírito humano de “correr contra a linguagem” são temas que nos aproximam da chamada “virada pragmática” que se opera no pensamento de Wittgenstein, que aprofundará sobre o uso da linguagem em relação a formas de vida, mas explorar essa virada, e o pensamento do filósofo no pós-Tractatus, deve ficar como tema para pesquisas futuras.

PALAVRAS-CHAVE: Ética; Mística; Tractatus; Wittgenstein

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, no programa PIBIC
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador