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AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE OBTURAÇÃO DE CANAIS LATERAIS EM TÉCNICAS DE TERMOPLASTIFICAÇÃO

LIMA, Letícia Vieira De ¹; KOWALCZUCK, Alexandre ²
faixa-semic-branco
Curso do(a) Estudante: Odontologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Odontologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: A obturação endodôntica tem como objetivo evitar a proliferação de microrganismos no interior dos sistemas de canais radiculares, promovendo condições favoráveis para manutenções dos tecidos em homeostasia. Para isso, diversas técnicas foram criadas a fim de se obter uma obturação compactada tridimensionalmente. A obturação deficiente é responsável pela recidiva da infecção, contribuindo para o insucesso do tratamento aplicado, uma vez que são deixados espaços para proliferação de microrganismos. O sucesso depende de uma serie de fatores, dentre eles a conduta clínica do operador. Assim, a adoção da correta técnica operatória é fator decisivo no prognóstico do tratamento. OBJETIVOS: Avaliar a capacidade de obturação de canais laterais simulados em resina, obturados pelas técnicas Cone único de guta-percha, McSpadden e Ondas Contínuas de Calor, mediante a avaliação radiográfica. MATERIAIS E MÉTODO: Foram utilizados 45 canais simulados curvos de resina acrílica, com três canais laterais cada. Cada canal foi preparado e obturado com cone principal de guta-percha equivalente ao instrumento X3 (X-files). Os blocos foram radiografados em sensor digital previamente e após as obturações. Os blocos de resina foram divididos ao acaso em 3 grupos iguais (n=15). Cada grupo foi obturado por uma das técnicas: Grupo 1 – Técnica de Cone único; Grupo 2 – Técnica de McSpadden; Grupo 3 – Técnica de Ondas Contínuas de Calor. As imagens radiográficas pós obturações foram analisadas visualmente e ranqueadas: Escore 0 – o material obturador não penetrou o canal lateral. Escore 1 – o material obturador penetrou até metade do canal lateral. Escore 2 – o material obturador preencheu mais da metade do canal lateral. Escore 3 – o material obturador preencheu completamente o canal lateral. Cada amostra sofreu 4 análises referentes ao preenchimento de cada uma das possibilidades de saída do canal principal ou laterais. Cada saída foi denominada como Posição 1, 2, 3 e 4. RESULTADOS: A análise de dados considerando somente as técnicas de obturação apresentou escore médio para o grupo Cone Único de 1,72 (mediana 2,0), para o grupo McSpadden de 2,30 (mediana 3,0) e para o Grupo Ondas Contínuas de Calor de 2,07 (mediana 3,0). A análise comparativa entre grupos sem considerar a posição de saída dos canais mediante teste não paramétrico de Kruskal-Wallis (amostras independentes) e de comparações por método Pairwise, apresentou diferença estatisticamente significante ao comparar as técnicas de Cone único versus Ondas contínuas de calor, e ao comparar técnica de Cone único versus McSpadden. No entanto, a comparação entre Ondas contínuas de calor e McSpadden não apresentou diferença estatisticamente significante. Finalmente ao avaliar a técnica de obturação e a posição da saída do canal, foi possível observar que as posições mais propensas a serem obturadas foram a 1 e 2, seguidas da 3 e a menos favorável de preenchimento durante as técnicas foi a posição 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A técnica de Cone único demonstrou preencher menos os canais laterais do que as técnicas de McSpadden e de Ondas Contínuas de calor em qualquer posição de término dos canais.

PALAVRAS-CHAVE: Cimento obturador; Endodontia; Guta-percha; Obturação do canal radicular; Tratamento endodôntico.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador