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HÁBITO, COSTUME E IMAGINAÇÃO EM MONTAIGNE

PEREIRA, Leonardo De Sousa ¹; FERRAGUTO, Federico ²
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Curso do(a) Estudante: Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: O projeto visa esclarecer as relações entre hábito, costume e imaginação nos Ensaios de Michel de Montaigne. O pensamento de Montaigne, um dos filósofos mais importantes da primeira modernidade, é caraterizado principalmente pelo seu humanismo, ou seja, pela atenção à tradição clássica e pela reflexão em torno das capacidades e potencialidades humanas. Tendo sido filósofo, advogado e político (foi até prefeito da cidade de Bourdeaux), a sua figura encarna a do humanista completo que reflete de forma plena o contexto do século XVI e a fase de transição da época do renascimento à modernidade. OBJETIVOS: O projeto reconstrói a reflexão de Montaigne sobre o conceito de hábito nos Ensaios a partir de um estudo das raízes aristotélicas do termo e desenvolve uma reconstrução das relações e das diferenças entre hábito e costume em função da função desenvolvida pela imaginação. MATERIAIS E MÉTODO: O projeto foi realizado através de uma pesquisa bibliográfica, análise documental e encontros com o orientador. Em especial foram analisados os Ensaios mais relevantes para a temática tratada e foi feito um fichamento de algumas obras significativas na literatura secundaria. RESULTADOS: Através da experiência dos Ensaios Montaigne aponta para a importância do sujeito concreto voltar a si mesmo, de forma autônoma, sem recurso à autoridade ou influência de outros pensadores, convencido de que a própria existência concreta, assim como as capacidades humanas possam fornecer as ferramentas necessárias para conhecer as formas mais legitimas de agir e interagir no mundo e com os outros. Neste sentido, Montaigne se torna crítico de qualquer sistematização filosófica. Mesmo os paradigmas que a história pode nos transmitir, nas narrativas das quais, segundo Montaigne Tácito e Plutarco são mestres, não apontam para um determinado caminho, mas representam estímulos, que nos incitam a construir-nos “mais por diferença do que por semelhança”. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Uma análise das reflexões de Montaigne sobre hábito, costume e imaginação revela a intrincada relação entre esses elementos de sua filosofia. Montaigne reconheceu a poderosa influência do hábito e do costume na vida humana, mas também enfatizou a importância de usar a imaginação para evitar a estagnação mental e a conformidade. Ao examinar as reflexões dos filósofos, vemos que a habituação pode claramente proporcionar conforto e estabilidade, mas também corre o risco de limitar o pensamento e a visão de mundo. No entanto, Montaigne não rejeita totalmente o hábito e a convenção, mas sugere que é crucial equilibrá-los com uma imaginação ativa e indagadora.

PALAVRAS-CHAVE: Montaigne; Ensaios; Habito; Costume; Imaginação.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador