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A NOÇÃO DE HÁBITO E SUAS CONFLUÊNCIAS NO PENSAMENTO DE SPINOZA E PEIRCE

RODRIGUES, Aurelio Soares ¹; FERRAGUTO, Federico ²
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Curso do(a) Estudante: Teologia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Londrina, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: Este trabalho consiste em uma pesquisa bibliográfica que visa esclarecer a noção de hábito para Baruch Spinoza e Charles S. Peirce e, uma vez tendo cumprido esse objetivo, traçar aproximações e distanciamento entres estes dois pensamentos filosóficos no que diz respeito a temática específica do hábito. No pensamento de Spinoza passaremos pelos conceitos de imagem, imaginação e memória para finalmente compreender qual papel a noção de hábito desempenha em seu sistema filosófico. OBJETIVOS: A pesquisa visa analisar a noção de hábito no pensamento de Spinoza e Peirce e discutir confluências e/ou distanciamentos entre o pensamento desses dois filósofos, contribuindo para o entendimento do conceito de hábito na especificidade do pensamento deles e para a sua problematização filosofica. MATERIAIS E MÉTODO: Este trabalho consiste em uma pesquisa de cunho bibliográfico. A principal modalidade empregada para sua construção é a revisão de literatura. Os textos base para a construção de toda a pesquisa foram a Ética e os Collected papers e a Ilustrações da lógica da ciência (SPINOZA, 2017; PEIRCE, 1958; 2008). Dado a natureza metodológica de uma pesquisa bibliográfica, os materiais usados para o desenvolvimento deste trabalho constam de livros, artigos e pesquisas publicados que compõe o estado da arte e da discussão sobre a temática tratada. RESULTADOS: Aponta-se para aproximações que, dados os devidos cuidados, nos abrem um horizonte de reflexão bastante consistente para pensar a noção de hábito em Spinoza e Peirce. Tantos os textos base como a literatura secundária apontar para a importância da noção de hábito no sistema filosófico de ambos. Em Peirce a discussão se mostra bastante avançada. No entanto, quando nos voltamos para o pensamento de Spinoza, a noção de hábito aparece mais timidamente, dada a pouca menção feita pelo próprio Spinoza que se da brevemente no escólio da proposição 18 da II parte da Ética. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Peirce trata abertamente o hábito como um conceito-chave, que aparece várias vezes nos Collected papers e na Ilustrações da lógica da ciência,, que dedica um capítulo inteiro para tratar da fixação da crença e o conceito de hábito desponta como imprescindível para o desenvolvimento direto de toda essa parte da obra. Ao mesmo tempo, mesmo Spinoza não se delongando tanto sobre a noção de hábito como fez com outros conceitos, essa noção não aparece menos importante, pelo contrário, o conceito de hábito é precisamente usado por ele para sustentar uma teoria do conhecimento que fundamenta toda a argumentação spinozista sobre o conhecimento do primeiro gênero, a imaginação. A escassez de pesquisas dedicadas a noção de hábito em Spinoza reatesta o brio do presente trabalho, pois é um campo vasto que precisa ser explorado com o rigor filosófico que lhe é devido e que é inerente as pesquisas relacionadas aos conceitos spinozistas.

PALAVRAS-CHAVE: Spinoza; Peirce; Hábito; Imaginação; Signo.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador