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AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E PERIFÉRICA E SEU IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DE INDIVIDUOS PÓS COVID 19

LAPA, Ester De Oliveira ¹; MULLER, Andrea Pires ²
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Curso do(a) Estudante: Fisioterapia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Fisioterapia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: O vírus Sars-Cov-2, mundialmente conhecido como covid-19, foi descoberto no final de 2019 e pela sua rápida contaminação fez a OMS declarar pandemia em apenas 3 meses após o seu surgimento. Desde o seu início vários estudos começaram a ser realizados e mostraram incidências de fraqueza muscular respiratória e periférica e diminuição da qualidade de vida a curto e longo prazo. OBJETIVOS: Relacionar os valores de força muscular respiratória e periférica a qualidade de vida. MATERIAIS E MÉTODO: A coleta de dados foi realizada em um ambulatório onde os pacientes que tiveram covid-19 eram encaminhados após a alta hospitalar, lá foram realizados testes de dinamometria manual, para verificar a força muscular periférica, manovacuometria para mensurar a força muscular respiratória e foi aplicado o questionário SF-36, que avalia a qualidade de vida. Para realizar a análise estatística foi utilizado o programa Jamovi e foi primeiramente realizado o teste Shapiro-Wilk, que revelou valores não normais (p Shapiro-Wilk < 0,05), e então feita a correlação de Spearman. RESULTADOS: Foram encontradas correlações fracas e significativas entre Pimáx (rho= 0,266) e Pemáx (rho= 0,297) com aspectos emocionais, Pemáx (rho= 0,365), PPL MD (rho= 0,331) e MND (rho= 0,382) com dor, PPL MD (rho= 0,282) e MND (rho= 0,297) com limitações por aspectos físicos e PPL MND (rho= 0,274) com estado geral de saúde. Discussão: com base nos resultados encontrados foi possível mostrar correlações entre a qualidade de vida e a fraqueza muscular respiratória e periférica pós covid, indo de encontro com estudos que mostram a diminuição da qualidade de vida em pacientes pós a infecção pelo vírus, principalmente pessoas do sexo feminino. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os aspectos mais relevantes deste estudo abordaram a fraqueza muscular periférica e a fraqueza da musculatura respiratória. Em relação a fraqueza muscular periférica, que foi o fator que mais influenciou a qualidade de vida, pode-se concluir que pessoas com maior debilidade muscular apresentam maiores limitações nos domínios dor, limitação por aspectos físicos e estado geral de saúde, tendo qualidade de vida reduzida segundo o questionário SF-36, essa redução pode ser pela dificuldade de deambulação por falta de força muscular e demais atividades de vida diária que demandam esforço e equilíbrio da força muscular periférica, levando também em consideração a dor que está positivamente correlacionada com a força de preensão palmar. O outro aspecto relevante foi a fraqueza da muscular respiratória que impacta dificultando a tosse e expectoração, complicando o processo de respiração, além de gerar desconforto e sinais de esforço respiratório, esses fatores podem ser os causadores da diminuição da qualidade de vida desses indivíduos. Os domínios que apresentaram correlação com a força muscular respiratória foram dor e aspectos emocionais e a pressão inspiratória máxima foi o aspecto que teve menos correlações com a qualidade de vida. Como nesse estudo foram encontradas apenas correlações fracas sugerindo a realização de novos estudos com maior número de participantes ou revisão sistemática agrupando resultados de diferentes pesquisas.

 PALAVRAS-CHAVE: Qualidade de vida; Força muscular respiratória; Força muscular periférica;covid-19; Fraqueza muscular.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador