PULSÃO DE MORTE E A MANIFESTAÇÃO DA AGRESSIVIDADE NA PERSPECTIVA PSICANALÍTICA FREUDIANA

INTRODUÇÃO: A presente pesquisa se empenhou em explorar as raízes da agressividade humana, considerando a noção de pulsão de morte da psicanálise freudiana, que possibilitou um olhar mais debruçado sobre o fenômeno da agressividade. OBJETIVOS: O objetivo principal foi o de destacar a complexidade da teoria pulsional de Freud, sendo ela elaborada e seguidamente revista após descobertas no campo do funcionamento do aparelho psíquico. Com isso uma compreensão da natureza da agressividade nos indivíduos e em suas relações sociais foi buscada bom resultados satisfatórios. MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa se deu com recurso à uma pesquisa bibliográfica qualitativa com prestígio de obras de referência assim como de comentadores e intérpretes da psicanálise. RESULTADOS: Concluiu-se que a teoria pulsional foi exposta factualmente em duas oportunidades, em “As pulsões e seus destinos” (1915) e “Além do Princípio do Prazer” (1920) sendo que em ambas as obras foi asseverado que as pulsões poderiam ser consideradas como complementares e não substitutivas. Foi em 1920 que, então, Freud se propôs considerar duas forças psíquicas opostas, ou melhor, dois tipos de pulsão, as de vida e as de morte, sendo que uma impulsionaria à ação e outra visaria à inanição. Assim, uma das grandes novidades foi expor em sua teoria as pulsões de morte, que representavam a busca pela ausência de estimulação no organismo, bem sendo, a morte. Ademais, considerando a instância do Supereu, a pulsão de morte também estaria relacionada ao sentimento de culpa, levando o sujeito a se sentir merecedor de sofrimento. Em consonância, o conceito de narcisismo, introduzido por Freud, também desencadeou modificações na teoria pulsional. Adicionalmente, ele estabeleceu a relação entre a pulsão de morte, o masoquismo e o sadismo. Ao que se refere ao objetivo geral desta pesquisa, este seria analisar a agressividade humana em relação à conceituação da pulsão de morte por Freud, utilizando o método de revisão bibliográfica, abordando autores como o próprio Freud, Marquês de Sade e Thomas Hobbes. Os resultados indicam que a compulsão à repetição, outro conceito freudiano relacionado à pulsão de morte, seria fundamental para entendê-la e consequentemente para entender a agressividade inata do ser humano. Sendo suas manifestações influenciadas pela cultura e singularidade do indivíduo, podem ser direcionadas para outras pessoas ou para si mesmo, refletindo a busca pela satisfação instintiva e a complexidade da pulsão de morte e suas manifestações na vida cotidiana. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Concluiu-se pela hipótese de uma natureza agressiva presente em todos os homens e que, desta forma, se manifesta de maneira insuperável e inevitável em toda comunidade humana e de todos os tempos.

PALAVRAS-CHAVE: Psicanálise; Narcisismo; Pulsão de morte; Pulsão de vida; Agressividade.