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VIVÊNCIAS DE MÃES QUE TIVERAM SEUS BEBÊS PREMATUROS EM DECORRÊNCIA DE COMPLICAÇÕES POR INFECÇÃO PELO COVID-19

FERRONATO, Gabriela Clivatti ¹; PELIZZONI, Aline Vaneli ²
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Curso do(a) Estudante: Psicologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Toledo
Curso do(a) Orientador(a): Psicologia – Câmpus Toledo

INTRODUÇÃO: A gestação é considerada um momento de fragilidade psíquica, que incorre em mudanças físicas, psicológicas e sociais que foram agravadas pela condição da pandemia produzida pela COVID-19. Em alguns casos de gestantes infectadas pelo vírus, para que não houvesse implicações na saúde do bebê, a escolha clínica foi de retirada prematura do mesmo, em outros o próprio início de trabalho de parto prematuro aconteceu. A partir das observações clínicas sobre este momento surgiu a seguinte questão: quais as vivências de mães de bebês prematuros devido à contaminação por COVID-19? OBJETIVOS: Compreender as vivências de gestantes que tiveram bebês prematuramente após a contaminação por COVID-19 MATERIAIS E MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa e descritiva. Em que se utilizou do método de análise de conteúdo de Bardin. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, transcritas e analisadas em unidades temáticas.
RESULTADOS: Com as entrevistas puderam ser identificadas às seguintes unidades temáticas destacadas na narrativa das participantes: o nascimento e a morte, vínculos que são precocemente interrompidos, do cuidado médico ao cuidado da mãe. A partir dos dados apresentados, é identificada a dificuldade em realizar o contato com os sujeitos, assim como a sua participação. Esta, por mais que uma etapa de dificuldade na realização da pesquisa, se dá também como objeto de análise. Uma vez que, com o seu envolvimento na pesquisa, a mãe teria de acessar memórias de um momento difícil, vide as temáticas encontradas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados do estudo não revelaram elementos novos às pesquisas sobre os aspectos psicológicos das mães no nascimento prematuro, mas reafirmaram questões já conhecidas na literatura, como o medo da morte, a angústia da separação entre o bebê e a mãe e as dificuldades nos cuidados ao bebê após a alta hospitalar. O que de novo pode ser percebido e que nessa pesquisa não pode ser investigado são os desdobramentos no desenvolvimento psíquico desses bebês e as implicações psicológicas maternas e familiares com a restrição do acompanhamento de qualquer pessoa familiar. Em comparação quando há alguma complicação clínica da puérpera e essa não pode acompanhar o bebê em UTI Neonatal é estimulado que outros familiares o acompanhem. Diferente da condição da pandemia em que o recomendado era a suspensão dos acompanhantes e em momentos mais iniciais da pandemia a suspensão completa das visitas, em algumas unidades hospitalares.

PALAVRAS-CHAVE: Prematuridade; COVID-19; UTI Neonatal; Vínculo; Maternidade.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador