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ASSOCIAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS PLASMÁTICOS DE INTERLEUCINA 1 BETA COM ASPECTOS CLÍNICOS DA MIGRÂNEA

MACHADO, Ana Clara Oliver ¹; OLIVEIRA, Carlos Eduardo Coral De ³; REICHE, Edna Maria Vissoci ²
faixa-semic-branco
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Londrina
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Câmpus Londrina

INTRODUÇÃO: A migrânea é uma doença de alta prevalência e relevância, com impacto direto na qualidade de vida de seus portadores. Os mecanismos fisiopatológicos da migrânea permanecem com lacunas; todavia, estudos indicam que há um papel importante das citocinas inflamatórias em determinados desfechos da doença. OBJETIVOS: Avaliar a associação entre os níveis plasmáticos de interleucina (IL)-1b com aspectos clínicos da migrânea, distinguindo seus níveis em indivíduos sadios e portadores da doença; avaliar a relação entre seus níveis plasmáticos e determinados desfechos da doença e, por fim, verificar se há relação entre os níveis plasmáticos de IL-1b com a atividade da doença. MATERIAIS E MÉTODO: Após aplicação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, foram coletadas amostras de material biológico – sangue com anticoagulante ácido etilenodiaminotetracético (EDTA) e saliva – de indivíduos sadios (controles) e portadores de migrânea (pacientes). Os indivíduos estudados foram, ainda, submetidos a entrevistas estruturadas e questionários autoaplicáveis para obtenção de dados demográficos, epidemiológicos e clínicos. Para a dosagem de IL-1b, foi utilizado o método de imunofluorimetria, pela plataforma Luminex®, com limiar de sensibilidade de 9,1 pg/mL. Para avaliação estatística, foi utilizado o programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 17.0. Variáveis contínuas foram apresentadas como média (± desvio padrão) e dados categóricos como valores absolutos (n) e porcentagem (%). Foi considerado intervalo de confiança de 95% e nível de significância de 5% (p<0,05) para todos os testes aplicados. RESULTADOS: Foram incluídas 176 amostras de plasma, das quais 80 eram de indivíduos portadores de migrânea e 96 de indivíduos controle. Dos 80 com migrânea, 62 eram do sexo feminino; já dos 96 controles, 68 eram do sexo feminino, com uma relação feminino:masculino de 3,4:1 e 5,3:1, respectivamente. Todavia, os pacientes não diferiram em idade, sexo e etnia comparados aos controles (p>0,05). Dos pacientes inseridos no estudo, 40,0% relataram a presença de aura; 88,75% referiram fotofobia; 81,25% fonofobia e 58,22% osmofobia. Os valores de IL-1b foram indetectáveis na maioria dos indivíduos, sendo detectáveis em 12 amostras de controles e 5 amostras de pacientes com migrânea. Dos 5 pacientes com IL-1β detectável, a média dos valores foi 34,60 pg/mL (±46,31) e dos 12 controles com IL-1β detectável, a média dos valores foi 19,28 pg/mL (±15,52), valores estatisticamente não diferentes (p>0,05). CONSIDERAÇÕES FINAIS: O presente estudo não distinguiu os níveis plasmáticos de IL-1b entre indivíduos sadios e indivíduos portadores da migrânea. Embora o ensaio imunofluorimétrico seja de elevada sensibilidade, a maioria dos indivíduos apresentou valores plasmáticos indetectáveis (menores que 9,1 pg/mL) de IL-1β. Desse modo, serão necessários estudos posteriores com maior número de pacientes e controles para maiores esclarecimentos a respeito do papel da IL-1b nas diferentes manifestações clínicas da migrânea.

PALAVRAS-CHAVE: Migrânea; Cefaleia; Interleucina (IL)-1β; Neuroinflamação.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador