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MODELO INTERSETORIAL DE ATENÇÃO NUTRICIONAL PARA O EXCESSO DE PESO PRECOCE: INDICADORES DO PROGRAMA DE REEDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRIÇÃO ADEQUADA (PRANA) NO CONTEXTO DA ATENÇÃO SECUNDÁRIA DE SAÚDE – EVOLUÇÃO DO PERFIL ALIMENTAR E NUTRICIONAL, MOTIVAÇÃO E ADESÃO AO TRATAMENTO

GONÇALVES, Marisa Vitória ¹; RIBAS, Maria Teresa Gomes De Oliveira ³; FRANCO, Bruna Artioli ³; DIETER, Giovana ³; LEINIG, Cyntia Erthal ²
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Curso do(a) Estudante: Nutrição – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Nutrição – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A obesidade em crianças e adolescentes é um complexo problema de saúde pública, resultado de múltiplos fatores. O Programa de Reeducação Alimentar e Nutrição Adequada (PRANA) busca trabalhar na modalidade de Aconselhamento Nutricional com crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade, visando à mudança de comportamentos. OBJETIVOS: Investigar o modelo de gestão intersetorial da atenção nutricional para o excesso de peso em escolares, buscando estratégias mais efetivas na assistência. Especificamente se busca levantar o perfil socioeconômico, alimentar e nutricional dos escolares, avaliando a evolução e adesão ao tratamento. MATERIAIS E MÉTODO: Estudo descritivo-exploratório, retrospectivo e quantitativo, envolvendo crianças e adolescentes da rede pública municipal de educação, triados para assistência num Programa de Aconselhamento Nutricional, denominado Programa de Reeducação Alimentar e Nutrição Adequada (PRANA) em uma Clínica-Escola de Nutrição em Curitiba, Paraná. Os dados foram coletados de prontuários das 3 sessões do Programa e das consultas subsequentes, quando a criança foi encaminhada para o atendimento ambulatorial, e foram analisados por estatística descritiva. Para avaliar a associação entre variáveis categóricas, foi empregado o teste de Wilcoxon, sendo considerado o nível de significância de 5% (p<0,05). RESULTADOS: Ao todo, foram encaminhados ao PRANA, pela rede pública municipal de educação, um total de 157 escolares no período compreendido entre 2017 e 2018. Desses, 93 participaram de todas as sessões do Programa, sendo que 88% dos escolares foram encaminhados para o atendimento ambulatorial. Em relação ao perfil socioeconômico, a maior parte das famílias se encontra na classe social C e 27,5% das mães possui ensino superior incompleto. O consumo alimentar das crianças é baseado em alimentos de risco, em detrimento de alimentos protetores. Há elevada prevalência de obesidade e obesidade grave nesta população, visto ser o PRANA um Programa voltado a esse público. Não houve diferença significativa entre o início do Programa e a última consulta ambulatorial em relação ao estado nutricional dos participantes. De todo modo, durante a evolução do programa e nas consultas subsequentes, mostrou-se uma tendência positiva em relação ao consumo de alimentos de risco, com uma redução no consumo de doces e frituras, o que pode indicar uma resposta positiva à reeducação alimentar proposta, destacando assim a necessidade de acompanhamento contínuo e a longo prazo. Apesar de grande parte das crianças encaminhadas terem finalizado as três sessões do Programa, a adesão ao tratamento foi baixa, com apenas 35% dos escolares comparecendo efetivamente às consultas ambulatoriais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Programas de reeducação e monitoramento alimentar e nutricional desempenham papel importante ao tratar dos hábitos alimentares de crianças e adolescentes. No entanto, é essencial aprimorar o incentivo à adesão a fim de melhorar resultados e garantir acompanhamento contínuo.

PALAVRAS-CHAVE: Obesidade; Obesidade infantil; Modelos de Assistência à Saúde; Perfil alimentar

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador