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ANÁLISE DA ESTABILIDADE CROMOSSÔMICA DAS CÉLULAS ESTROMAIS MESENQUIMAIS DERIVADAS DE CORDÃO UMBILICAL HUMANO APÓS CULTIVO CELULAR

AGUIAR, Cecília Oliveira De ¹; LEITE, Lidiane Maria Boldrini ³; VAZ, Isadora May ³; REBELATTO, Carmen Lúcia Kuniyoshi ³; DAGA, Debora Regina ³; MARSARO, Daniela Boscaro ³; JAMUR, Valderez Ravaglio ³; BROFMAN, Paulo Roberto Slud ²
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Curso do(a) Estudante: Ciências Biológicas – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: As células estromais mesenquimais (MSCs) têm sido utilizadas para fins terapêuticos como um Produto de Terapia Avançada (PTA). Para sua aplicação clínica no Brasil, é necessário atender aos critérios de controle de qualidade estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que possui requisitos mínimos sobre o processamento de células e PTAs visando segurança e qualidade para terapia e pesquisa clínica, como a avaliação da integridade genômica por análise cromossômica e teste de genotoxicidade pela técnica do micronúcleo, subsidiando o uso terapêutico dessas células em humanos. OBJETIVOS: O presente estudo teve como objetivo avaliar a manutenção da integridade genômica de MSCs de cordão umbilical por meio de teste citogenético convencional (bandeamento G) e teste de micronúcleo após cultivo celular. MATERIAIS E MÉTODO: O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) (n° 4.043.535) e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (n° 4.094.640). Cinco amostras de MSCs foram isoladas de tecido de cordão umbilical (TCU) armazenadas no Biobanco do Centro de Tecnologia Celular da PUCPR (CTC-PUCPR). As amostras criopreservadas foram descongeladas e expandidas in vitro entre as passagens quatro e cinco até que o número de células necessário fosse obtido. Para a análise cromossômica por bandeamento G, as MSCs foram plaqueadas e o inibidor mitótico Colcemid Solution foi adicionado por quatro horas para obtenção das metáfases. Aproximadamente 20 metáfases de todas as amostras foram analisadas e os resultados foram descritos de acordo com o International System for Human Cytogenomic Nomenclature. No teste de micronúcleo, o inibidor de filamento de actina citocalasina B foi utilizado por aproximadamente 24 horas para induzir a divisão nuclear e posterior análise das células binucleadas. Para comparação dos resultados, foi realizado o controle negativo (células mononucleares de sangue de cordão umbilical humano não expandidas) e controle positivo (linhagem de células imortalizadas HeLa). RESULTADOS: No bandeamento G, as metáfases foram obtidas em todas as amostras, sendo três do sexo masculino (46,XY) e duas do sexo feminino (46,XX). Todos os cariótipos foram descritos como diploides normais, demonstrando a ausência de alterações cromossômicas clonais. No teste do micronúcleo, o Índice de Divisão Nuclear (IDN) para o controle negativo foi 1,28 e para o controle positivo 1,5. Para as MSC-TCU, o IDN foi 1,3, 1,17, 1,23, 1,29 e 1,37. Não houve diferença significativa entre o grupo MSC-TCU e controle negativo (micronúcleo: 0 ± 0 vs. 0 ± 0, p > 0,999; pontes nucleoplasmáticas: 0,4 ± 0,894 vs. 0,5 ± 0,577, p = 0,841; brotos nucleares: 0 ± 0 vs. 0 ± 0, p > 0,999), porém, houve diferença estatística entre o grupo MSC-TCU e o controle positivo (micronúcleo: 0 ± 0 vs. 67 ± 0, p > 0,008; pontes nucleoplasmáticas: 0,4 ± 0,894 vs. 26 ± 0, p = 0,016; brotos nucleares: 0 ± 0 vs. 5 ± 0, p > 0,008). CONSIDERAÇÕES FINAIS: A análise citogenética demonstrou que as MSCs derivadas de tecido do cordão umbilical mantiveram a estabilidade cromossômica após o cultivo celular, atestando sua qualidade para futuro uso terapêutico.

PALAVRAS-CHAVE: Células estromais mesenquimais; Cordão umbilical; Estabilidade cromossômica; Bandeamento G; Micronúcleo.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBIC
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador