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ARTISTAS CURITIBANOS E A PRODUÇÃO DE SENTIDO NA PANDEMIA DE COVID-19

COMELI, Isabella Carolina ¹; FERNANDES, Marcio Luiz ²
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Curso do(a) Estudante: Psicologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Teologia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: No início de 2020 o mundo foi surpreendido com a chegada da pandemia de covid-19, trazendo a necessidade de adaptação a uma nova realidade de restrições, incertezas e grandes mudanças. Uma das medidas sanitárias tomadas para conter o vírus foi o lockdown. Por outro lado, a população começou a buscar maneiras de preencher o tempo livre e a reorganizar a vida dentro da própria casa. As manifestações artísticas tornaram-se um recurso de enfrentamento para a população e lugar para autoexpressão das pessoas. Nascem, então, formas expressivas tanto individuais quanto grupais que mostram a arte como poderosa ferramenta e registro dos acontecimentos desafiadores da pandemia. OBJETIVOS: A pesquisa objetivou identificar as obras de artistas curitibanos em torno da temática pandêmica e realizar a análise critica de seus conteúdos expressivos e, por meio deles, compreender as necessidades espirituais que tais obras manifestam. MATERIAIS E MÉTODO: A metodologia se baseia em Gillian Rose que propõe a análise das obras artísticas a partir de três eixos: o tecnológico, o composicional e o social. Ao todo foram selecionadas seis obras de quatro artistas diferentes, sendo elas um livro de poemas, uma colagem digital, três instalações artísticas e um mural, encontrados em exibições, livros e materiais de divulgação durante o período pandêmico. RESULTADOS: Os elementos composicionais das obras e seus simbolismos trazem a narrativa pessoal de cada artista curitibano em relação a pandemia, abordando principalmente temas como a morte, esperança, adaptação, resiliência, natureza, conflitos e espiritualidade. Uma das obras de Gustavo Krelling traz um paralelo entre a tradicionalmente colorida porta-bandeira carnavalesca com a dor proporcionada pela morte, enquanto o mural “Vem, Vamos Cuidar” aborda o impacto da ausência do ser humano na natureza e valoriza o processo de mudança e adaptação. A religião e a espiritualidade se apresentam como uma fonte de esperança e conforto, também promovendo a mudança e melhora pessoal. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pesquisa reforça a noção de que a arte é completa em seu papel de representar e enfrentar a realidade ao fornecer ao artista uma maneira de conectar-se consigo mesmo e com o mundo, oferecendo um processo de autoconhecimento e conscientização da realidade. Permite um espaço que abre a possibilidade de superação de situações aversivas e permite a organização do universo psicológico pessoal. A produção artística torna-se o registo histórico dos anseios, sonhos e angústias humanas vividas durante a pandemia. Também mantém viva a memória dos falecidos e o respectivo esforço dos profissionais da linha de frente no cuidado das pessoas e indicam como os artistas curitibanos enfrentaram a pandemia iniciada em 2020.

PALAVRAS-CHAVE: Covid-19; Artistas curitibanos; Pandemia; arte; Expressões artísticas.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador