AVALIAÇÃO ANATÔMICA, MORFOLÓGICA E TOPOGRÁFICA DA TRAQUEIA EM CÃES EXVIVO

INTRODUÇÃO: Há inúmeros trabalhos na medicina veterinária que detalham separadamente a análise topográfica e morfológica da traqueia, o uso da radiografia como diagnóstico e planejamento cirúrgico para cães com colapso traqueal e a histopatologia da traqueia. Porém, mesmo com estes estudos já consolidados, ainda enfrentamos dificuldades na escolha da melhor técnica operatória, principalmente em relação a conformação anatômica da prótese, para sua melhor acomodação em ambas as modalidades descritas acima. Este trabalho foi realizado em cadáveres canino para registrar a estrutura morfométrica e topográfica traqueal em cães, utilizando 21 cadelas e 15 machos de diversas raças que foram a óbito sem apresentarem comorbidades na árvore traqueobronquica. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi avaliar as medidas traqueais para o desenvolvimento futuro de próteses traqueais com um maior poder de precisão conforme as possibilidades e diferenças anatômica; e menor índice de complicações quando da sua aplicação. MATERIAIS E MÉTODO: Foram selecionados cães ex-vivo com peso entre 2,0 a 11,0 kg; e realizado as mensurações do diâmetro e circunferência da cricoide, do anel traqueal da entrada torácica e da carina, além da circunferência do pescoço e comprimento do mento ao manúbrio; como também foi registrado o número total de anéis traqueais. Foi medido também o comprimento total da traqueia bem como coletado amostras histopatológicas para futura avaliações. RESULTADOS: Como resultado o trabalho teve o número de anéis variando de 29 a 40 anéis traqueais. A fusão dos anéis traqueais anéis traqueais foi especialmente evidente nas regiões cervical craniana e na entrada do tórax, como resultado dos movimentos do pescoço. O diâmetro é menor da entrada torácica e maior na bifurcação da carina. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Embora existam poucos estudos na literatura sobre medidas e correlações corpóreas da traqueia em cães, estes resultados deste trabalho demonstra diferenças nos diâmetros de traqueia cervical e torácica e que poderão orientar para uma melhor confecção das próteses cervicais, todavia; faz-se necessário mais estudos piloto com um “n” maior para verificarmos se ocorre a repetição desses resultados.

PALAVRAS-CHAVE: Traqueia; Mensurações; Diâmetro; Colapso; Prótese.