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PERCEPÇÃO DOS RISCOS DE DESASTRES NATURAIS EM CURITIBA: O CASO DA VILA TORRES (RECORTE ESPACIAL GEOGRÁFICO 2)

LIMA, Carolina Fiori Gradia ¹; FONSECA, Murilo Noli Da ³; SILVA, Luciene Pimentel Da ²
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Curso do(a) Estudante: Arquitetura E Urbanismo – Escola de Belas Artes – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Arquitetura E Urbanismo – Escola Belas Artes – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: O Marco de Sendai da ONU, do qual o Brasil é signatário, estabelece um conjunto de princípios para a gestão e redução dos riscos de desastres, e aponta quatro prioridades: 1) Compreensão do risco de desastres; 2) Fortalecimento da governança na gestão de risco; 3) Investimento na redução do risco de desastres para aumento da resiliência; 4) Melhoria na preparação para desastres a fim de aumentar a “eficácia” da resposta na recuperação, reabilitação e reconstrução. A literatura aponta que uma das questões, sobretudo em países em desenvolvimento, é que os métodos de comunicação e alerta não são sensíveis à localização das comunidades vulneráveis (e.g. acesso a infraestrutura/veículo de comunicação) e nem à percepção dos sujeitos que residem nessas áreas. OBJETIVOS: Este estudo tem o objetivo de identificar a percepção e o conhecimento dos habitantes de áreas urbanas de vulnerabilidade socioambiental sobre desastres, principalmente as inundações urbanas. MATERIAIS E MÉTODO: Tomou-se como recorte territorial de estudo a área ocupada pela Vila Torres, Curitiba, PR. A metodologia envolveu a realização de entrevistas estruturadas através de questionários sobre a temática da pesquisa com 316 indivíduos da comunidade, além da participação em mobilizações sociais para sensibilização e mobilização da comunidade. Foram analisados também aspectos relacionados ao gênero, faixa etária, escolaridade, grau de incômodo em relação aos impactos dos desastres, percepção do nível de risco. Foram também abordadas questões associadas aos meios de comunicação para avisos e alertas com vistas a melhoria desses sistemas. Ainda, adotou-se um recorte de análise voltado à população idosa que habita esses locais e que apresenta um alto grau de vulnerabilidade. RESULTADOS: Os resultados evidenciaram o despreparo da população para enfrentamento da crise climática, sobretudo as inundações. Foi identificado um conflito entre os mais jovens e os mais velhos sobre a preferência na forma de receber os alertas. As formas mais democráticas que atenderiam à toda a população seria televisão, seguido de alto-falante e carro de som. CONSIDERAÇÕES FINAIS: No enfrentamento das inundações e alagamentos observa-se a necessidade de integração entre moradores e instituições públicas. Os problemas que ocorrem nas comunidades vulneráveis como a Vila Torres são locais, mas acabam atingindo à toda sociedade Curitibana. A principal contribuição da pesquisa foi a identificação dos desafios para a proteção e defesa da população com 60 ou mais anos das ameaças das mudanças climáticas. Embora não seja o foco da pesquisa, a população idosa também é mais sensível às ondas de calor, às quais a Vila Torres é muito susceptível pela proximidade com as regiões centrais da cidade.

PALAVRAS-CHAVE: Percepção de risco; Desastres; Inundações; Vulnerabilidade; Idosos.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBIC
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador