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ANÁLISE RETROSPECTIVA DE PARCIAIS DE URINA E NECESSIDADE DE UROCULTURA

ROQUE, Débora Becker ¹; YAMADA, Carolina Hikari ³; TUON, Felipe Francisco Bondan ²
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Curso do(a) Estudante: Farmácia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: As infecções que acometem o trato urinário (ITUs) são caracterizadas pela colonização bacteriana e sua subsequente multiplicação em órgãos ou em todo o trajeto urinário. Esse tipo de infecção é um dos mais frequentes na população, perdendo apenas para as infecções respiratórias. As ITUs estão entre as principais causas de infecções bacterianas em ambientes hospitalares e ambulatoriais, e podem apresentar-se de forma sintomática ou assintomática. O Exame de Urina de Rotina (ERU) é um procedimento comum e amplamente utilizado para triagem diagnóstica de ITUs. Embora a urocultura seja o método padrão-ouro para o diagnóstico, oferecendo maior precisão e especificidade, o ERU é uma alternativa mais acessível e econômica que direciona o tratamento adequado após identificação da patologia. Um resultado inalterado do ERU exclui a necessidade de realização de urocultura. OBJETIVOS: Nesse sentido, o presente estudo retrospectivo, conduzido no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM), tem como objetivo avaliar a necessidade do processamento de uroculturas após avaliação do ERU parcial, visando quantificar a ocorrência de bacteriúrias assintomáticas que foram tratadas desnecessariamente. MATERIAIS E MÉTODO: Foi conduzido um estudo retrospectivo com base na coleta de dados dos exames de rotina de urina (EUR) realizados no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM). Os critérios de inclusão foram pacientes com idade igual ou superior a 18 anos, cujos resultados de parcial/rotina de urina foram liberados pelo sistema hospitalar entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021. As informações como idade, sexo e comorbidades, também foram coletadas e organizadas em uma planilha do Microsoft Excel. A análise estatística foi conduzida por meio do software SPSS. Foram realizados testes de qui-quadrado e crosstab. Após a realização da análise estatística, foi necessário levantar o custo médio de uma urocultura dentro do hospital e, para comparação, foi levantado o custo de uma urocultura em laboratório externo particular. Estes dados foram levantados com o objetivo de avaliar os gastos desnecessários com o processamento das uroculturas sem a avaliação prévia da rotina de urina. RESULTADOS: Foi possível observar que das 386 amostras de urina analisadas, foram realizadas 44 bacterioscopias. Dessas, 13 amostras (29,55%) foram de bactérias Gram-negativas, 10 (22,73%) de bactérias Gram-positivas, 2 (4,55%) de bactérias Gram-negativas + bacilos Gram-positivos e 1 (2,27%) de bactérias Gram-negativas + cocos Gram-positivos. Esses dados sugerem que em cerca de 70% das amostras analisadas não foi encontrada presença de bactérias através da bacterioscopia CONSIDERAÇÕES FINAIS: A não realização da urocultura se mostra benéfica diante de um resultado de exame de rotina de urina inalterado e nitrito negativo.

PALAVRAS-CHAVE: Urina; Urocultura; Infecção urinária.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador