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O NEOLIBERALISMO COMO NOVA RAZÃO-MUNDO

BIELKIN, Shana ¹; CANDIOTTO, Cesar ²
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Curso do(a) Estudante: Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: Os autores Christian Laval e Pierre Dardot em sua obra “A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal” expõem a ideia de que o neoliberalismo, para além de um sistema econômico, tornou-se a própria racionalidade do nosso tempo. O capitalismo como sistema racional e permanente necessitou de constantes reformulações ao longo de sua existência a fim de sobreviver às crises sociais e políticas dos últimos séculos. Este novo liberalismo desenvolvido no século XX após o advento dos regimes totalitários necessitava da participação do indivíduo como parte integrante de seu mecanismo, exigindo a reformulação de sua psique. Dardot e Laval descrevem o sujeito neoliberal como o homem empreendedor que insere em sua subjetividade a lógica da empresa e da concorrência em todas as esferas da vida. Ele não é mais o indivíduo cerceado por regras, mas, instigado ao máximo desempenho, já que agora “trabalha para si mesmo” enxergando-se enquanto uma “empresa de si”. OBJETIVOS: Apresentar a leitura de Christian Laval e Pierre Dardot sobre o neoliberalismo como razão-mundo, inspirados no curso de Michel Foucault de 1979, Nascimento da biopolítica. i. Contextualizar e identificar o neoliberalismo como uma racionalidade política e subjetiva; ii. Apresentar as principais características do homem empreendedor apresentadas pelos autores; iii. Analisar as principais características do sujeito neoliberal, especialmente a cultura da performance. MATERIAIS E MÉTODO: Para isso, além da leitura-base da obra de Dardot e Laval, fez-se uso do pensamento de Max Weber, Byung-Chul Han e Michel Foucault, cuja obra “Nascimento da Biopolítica” serviu de parâmetro para os autores. RESULTADOS: O estudo identificou como principais elementos desta nova racionalidade e antropologia: o mercado como novo meio de formação do indivíduo, a concorrência como um parâmetro de relacionamento interpessoal, o máximo desempenho como uma busca existencial, a concepção de si mesmo como uma empresa e as técnicas de gestão de si que o moldam para essa dinâmica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O neoliberalismo é um regime de verdade e de constituição do sujeito que passa a compreender a vida de forma geral segundo a lógica empresarial. Os indivíduos concorrem uns com os outros, aprimorando-se enquanto “empresas si mesmo” incorporando os valores do risco, da responsabilidade individual, da concorrência e do máximo desempenho. O neoliberalismo como razão-mundo promove, assim, a ética do nosso tempo.

PALAVRAS-CHAVE: Neoliberalismo; Capitalismo; Sujeito neoliberal; Indivíduo empreendedor; Cultura da performance.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador