PROCESSOS DE TERRITORIALIZAÇÃO E DESTERRITORIALIZAÇÃO E A SUBJETIVIDADE DO INDÍGENA “PARANAENSE”

INTRODUÇÃO: Este estudo examina os processos de territorialização e desterritorialização e seus impactos na subjetividade dos indígenas no estado do Paraná. OBJETIVOS: Através de análises bibliográficas, a presente pesquisa busca entender o contexto histórico das violências contra os indígenas e como os processos de desterritorialização atuam na subjetividade e na lógica interna desses povos localizados no estado do Paraná. Dessa forma, a pesquisa tem como objetivo compreender as diferentes formas de violência enfrentadas pelos indígenas ao longo da história. O período analisado inclui desde a colonização, que resultou em processos de genocídio e exploração, até as violências contemporâneas, como o roubo de terras, a invasão de seus territórios, a negação de seus direitos e a violência simbólica que afeta sua identidade e cultura. MATERIAIS E MÉTODO: Os materiais utilizados consistem em bibliografias e artigos científicos que abordam os temas propostos. Os métodos utilizados para o desenvolvimento da pesquisa são a revisão bibliográfica e a análise crítica dos textos selecionados, com 23 o objetivo de identificar as principais ideias e argumentos dos autores em relação aos temas propostos. O recorte temporal da pesquisa é atual, ou seja, são utilizados textos publicados a partir de 2010. A base de dados utilizada é composta por artigos e livros disponíveis nas principais bases de dados científicos, como Scielo, Google Scholar, CAPES e outros. Para a seleção dos textos, serão utilizados descritores relacionados aos temas propostos, como: povos indígenas, território, ontologia, cosmologia, perspectivismo, etnocídio, entre outros. Além disso, serão definidos critérios de inclusão e exclusão, como idioma (português, espanhol e inglês), qualidade da fonte, relevância para a pesquisa, entre outros. RESULTADOS: A partir da revisão bibliográfica de diversos autores que discutem sobre território, cosmologia, ontologia, etnocídio e perspectivismo ameríndio, foi possível 24 realizar uma análise aprofundada do processo de desterritorialização e seu impacto na subjetividade dos indígenas no Paraná. A contextualização proporcionada por essa análise permite compreender os motivos que levaram à marcha Guarani em direção ao continente sul-americano, assim como o processo dessa migração. Além disso, é possível entender a razão pela qual esse grupo se estabeleceu nos espaços litorâneos e como esse deslocamento interfere na subjetividade desses indivíduos. A pesquisa também aborda o processo de genocídio dos indígenas pertencentes à etnia Xetá, e como esses acontecimentos estão se perpetuando por meio das restrições de territórios. É importante destacar que, para determinadas comunidades, a relação com o solo está intrinsecamente conectada com sua cosmologia. Dessa forma, a limitação e limpeza territorial imposta a essas comunidades são resultado de um pensamento colonial, no qual a ambição do Estado prevalece sobre os direitos e a autonomia dos povos indígenas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Essa abordagem acadêmica permite uma compreensão mais aprofundada dos processos de desterritorialização, migração, genocídio e suas implicações na subjetividade dos indígenas no Paraná. Ao analisar as contribuições de autores que estudam sobre os povos indígenas , a pesquisa busca fornecer uma base teórica sólida e embasada para a compreensão dessas questões, além de promover uma reflexão crítica sobre a forma como as políticas coloniais e ações do Estado impactam as comunidades indígenas.

PALAVRAS-CHAVE: Guaranis; Demarcação; Genocídio; Xetás; Paranismo.