REVISÃO DE LITERATURA SOBRE A INCIDÊNCIA DE ARTROSE EM PACIENTES SUBMETIDOS A RECONSTRUÇÃO DO LESÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR DO JOELHO HÁ PELO MENOS 5 ANOS

INTRODUÇÃO: A ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) é muito prevalente na população mundial. Esse ligamento tem como principal função estabilizar o joelho e sua reconstrução visa reestabelecer essa característica. Para isso, há duas principais técnicas, a técnica transtibial (TT), na qual se utiliza um guia através do túnel tibial, e a técnica anatômica, onde a perfuração femoral é independente da orientação do túnel tibial. A técnica TT é mais antiga e diversos estudos à associam com um posicionamento não anatômico do LCA predispondo os pacientes a desenvolverem degeneração articular precoce, instabilidade persistente e sobrecarga articular, entretanto, nesses geralmente não há exclusão de lesões meniscais prévias. Logo, acreditamos que não é possível afirmar que a técnica anatômica apresenta vantagens comprovadas sobre a TT sobre o desenvolvimento futuro de artrose após a cirurgia. OBJETIVOS: O objetivo desse estudo foi a analisar a incidência de artrose nos pacientes submetidos a reconstrução do LCA pela técnica TT, com mínimo de 5 anos de pós-operatório, sem lesões meniscais associadas. MATERIAIS E MÉTODO: Esse estudo trata-se de um estudo de uma revisão da literatura, em que foram selecionados artigos científicos sobre a incidência de artrose em pacientes submetidos a reconstrução do LCA pela técnica TT há pelo menos 5 anos no site “PubMed”. RESULTADOS: O número de artigos encontrados foi de 354. Analisando os títulos e resumos foram excluídos 264 artigos. Com base na leitura completa dos 90 artigos, foram excluídos artigos que não analisavam a incidência de osteoartrose e os que eram revisão de literatura ou metanálise. Resultando na análise inicial de 10 artigos, totalizando 783 pacientes e 401 com OA (51,2%) Tabela 1. Desses foram excluídos os artigos que não apresentavam nível de evidência 1 e 2, de acordo com a classificação especificada por Wright et al 20 e não excluíam pacientes com lesões meniscais e osteocondrais associadas. Assim, foram analisados 3 estudos sobre a reconstrução do LCA. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A literatura não comprova a presença maior de osteoartrose em pacientes submetidos a cirurgia de ligamento cruzado anterior pela técnica transtibial a pelo menos 5 anos devido a não distinção de lesões prévias à cirurgia e não acompanhamento de novos traumas e lesões desses pacientes.

PALAVRAS-CHAVE: Ligamento cruzado anterior; Técnica transtibial; Osteoartrose; Reconstrução ligamento cruzado anterior.