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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE DOR AGUDA EM GATOS: CURVA DE APRENDIZAGEM

FARIAS, Thaís Fernanda ¹; DUQUE, Celina Tie Nishimori ²
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Curso do(a) Estudante: Medicina Veterinária – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Medicina Veterinária – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: A dor não é um conceito de fácil definição, pois pode envolver componentes funcionais, motores e sensoriais. Possui potencial para causar danos graves e desencadear desequilíbrio importante no organismo do animal. Além disso, a necessidade do conhecimento do comportamento da espécie e a forma para realizar esta avaliação, são componentes que dificultam a identificação e controle da dor em gatos, dificultando o diagnóstico preciso. Dessa forma, as escalas de dor devem ser aplicadas como parte do exame clínico, com a finalidade de facilitar a identificação de dor nos gatos em quaisquer procedimentos realizados, contribuindo diretamente para o conforto do animal. OBJETIVOS: O objetivo desse estudo foi avaliar a dor em gatos no período pós-operatório imediato utilizando as escalas multidimensional da UNESP-Botucatu, SP (EMUB), escala facial (EF), escala analógica visual (EVA), escala de dor composta de Glasgow (GCMPS) e escala de dor aguda da Universidade do Colorado (EDAUC), para depois verificar a correlação entre elas e a utilização de múltiplos métodos para fornecer melhores resultados. Além disso, como objetivo específico do estudo, realizou-se o treinamento do estudante para realizar as avaliações de dor. MATERIAIS E MÉTODO: Foram incluídos nove pacientes na pesquisa, sem predisposição de raça ou idade, sendo provenientes da rotina hospitalar da Clínica Veterinária Escola (CVE) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Com a chegada do paciente era realizada avaliação basal. Após o término do procedimento cirúrgico realizava-se a avaliação do animal e uma hora depois, era feita a avaliação da dor e reavaliada a cada hora, até a liberação do paciente. Caso o animal apresentasse sinais de dor, realizava-se o resgate analgésico. Essas avaliações foram desempenhadas com o auxílio das escalas EMUB, EF, EVA, GCMPS e EDAUC. Iniciava-se pela aplicação da EVA e EF, primeiro sem qualquer interação, e em seguida realizava-se a interação com o animal com as outras escalas, EMUB, EDAUC e GCMPS. RESULTADOS: A partir dos valores médios dos pacientes durante as diferentes aplicações de avaliações da dor, realizadou-se uma matriz de correlação de Spearman (-1 a 1), classificada como fraca, média, alta e muito alta. Verificou-se a classificação de forte (0,61 a 0,9) a muito forte (0,91 a 1), demonstrando a validação entre elas. A relação entre GCMPS e EMUB alcançou a melhor pontuação, provavelmente devido as duas escalas serem multidimensionais, o que minimiza a influência do avaliador sobre o resultado, mesmo analisando a parte comportamental e psicológica. Ademais, a EMUB e a EF apresentaram a menor correlação entre os resultados obtidos, embora ainda seja classificada como alta. Isso pode ser devido a subjetividade da escala EF, com grande influência do avaliador. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Verificou-se alta correlação entre as distintas escalas de avaliação da dor, como a EMUB, EF, EVA, GCMPS e EDAUC. Porém, se utilizadas de maneira coerente, elas se complementam e auxiliam no tratamento do paciente. A aplicação delas contribuiu diretamente na interpretação de parâmetros do estado psicológico, físico e comportamental do animal, auxiliando na eficácia da terapia analgésica e seus efeitos sobre os pacientes no tratamento da dor.

PALAVRAS-CHAVE: Escalas de dor; Avaliação; Analgesia; Cuidados pós-operatórios; Bem-estar.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador