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ESTABELECIMENTO DE UM PROTOCOLO PARA PRODUÇÃO DE MUDAS DE DOIS CLONES DE ERVAMATE POR MINIESTAQUIA UTILIZANDO BIOINSUMOS EM DUAS ÉPOCAS DO ANO

ALVES, Augusto Furtado ¹; COLMANETTI, Izabelle Domeneghi ³; SILVA, Ana Clara Da ³; NOMI, Gabriela Yumi ³; CABEL, Sandra Regina ²
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Curso do(a) Estudante: Agronomia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Agronomia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A erva-mate é conhecida por seu uso na forma de infusões, como chás e chimarrão. Porém, há um vasto campo de aplicação desta espécie, principalmente na indústria de cosméticos e medicamentos. A propagação vegetativa permite a manutenção das características genéticas da planta matriz, proporcionando maior uniformidade na produção. A miniestaquia é um método já consagrado para esta espécie. Entretanto, o enraizamento de miniestacas pode ser considerado genético dependente. A utilização de fitorregulabores, e produtos biológicos (Bioinsumos) promotores de crescimento vegetal, tais como Pseudomonas fluorescens, Azospirillum brasilensis e Bacillus spp. podem viabilizar e promover a rizogênese de miniestacas juvenis de erva-mate.
OBJETIVOS: O objetivo do presente trabalho foi avaliar a miniestaquia como método de propagação vegetativa para produção de mudas de clones de erva-mate (Illex paraguarienses A. ST.Hil.) geneticamente considerados de difícil e fácil enraizamento em duas épocas do ano (verão e outono/inverno). Especificamente, objetivou-se testar diferentes clones de erva-mate para o enraizamento de miniestacas utilizando o fitorregulador AIB (ácido indolbutírico) e testar diferentes estirpes de bactérias endofíticas pré-selecionadas para o enraizamento. MATERIAIS E MÉTODO: No primeiro experimento (16/01/2023) foram utilizadas miniestacas oriundas de plantas matrizes de 6 clones de erva-mate, sendo 3 geneticamente identificadas de difícil enraizamento e 3 de fácil enraizamento, estabelecidas em minijardim clonal. As miniestacas foram submetidas ao tratamento para enraizamento com a auxina AIB na concentração de 1000 mg L-1. Antes do plantio para os recipientes, as bases das miniestacas foram submersas por 10 segundos no fitorregulador. Foram utilizadas 30 repetições por tratamento. Essas foram mantidas em fitotron a uma temperatura de 25ºC, umidade de 80% e com fotoperíodo de 16 horas. Para o segundo experimento, novas miniestacas (abril/2023) foram coletadas e suas bases foram submersas durante 10 segundos em diferentes estirpes de bactérias endofíticas (Pseudomonas sp; Bacillus sp e Azospirillum brasilensis). Após o plantio, foram mantidas por 100 dias em casa de vegetação sob irrigação por microaspersão intermitente para avaliação de sobrevivência, enraizamento, brotações e comprimento da maior raiz. RESULTADOS: Para o experimento 1, o fitotron utilizado para acondicionar as minietacas apresentou falta de um controle mais apurado, ocasionando 100% de perdas das miniestacas. Para o experimento 2, para os clones de fácil enraizamento ficou evidente que, para a variável sobrevivência, os tratamentos controle (T0) e T1 foram superiotes, com 77,3% e 72% de estacas vivas, respectivamente. Para a variável enraizamento, o tratamento T1 com 40% de miniestacas enraizadas apresentou os melhores resultados quando comparados aos tratamentos T2 e T3, com 26,1% e 16% de enraizamento. Para os clones de difícil enraizamento, o tratamento com a bactéria do gênero Bacillus (T2) apresentou 51,6% de enraizamento, sendo superior aos demais tratamentos, com 26,7% (T1) e 28,6% (T3). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com os resultados obtidos, pode-se sugerir a utilização de bactérias do gênero Pseudomonas para miniestacas de fácil enraizamento e bactérias do gênero Bacillus para miniestacas de difícil enraizamento. A repetição destes experimentos e a pesquisa contínua na prospecção de microrganismos endofíticos poderão apresentar resultados ainda mais significativos ao enraizamento de miniestacas juvenis de erva-mate.

PALAVRAS-CHAVE: Miniestaquia; Ácido Indolbutírico; Bacillus; Pseudomonas; Azospririllum.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador