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TRADUÇÃO, ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL E VALIDAÇÃO DA MATERNAL POSTNATAL ATTACHMENT SCALE (MPAS) PARA O USO NO BRASIL: ANÁLISE DE CONCORDÂNCIA FINAL E ENTREVISTA COGNITIVA NA FASE DE PRÉ-TESTE

CARVALHO, Laís Valéria Cardoso Sarmanho De ¹; JULIANI, Joao ²
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Curso do(a) Estudante: Psicologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Londrina, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Psicologia – Câmpus Londrina,PR.

INTRODUÇÃO: No ano de 2020 foi declarado pela OMS a pandemia mundial causada pelo vírus respiratório Sars-CoV-2. Preocupados com os efeitos da nova doença, um grupo de professores dos cursos de Medicina e Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), inspirado pelo trabalho em desenvolvimento na Monash University (Melbourne/Austrália), propôs um estudo que buscava identificar o impacto a curto, médio e longo prazo, dessa infecção sobre o desenvolvimento de crianças cujas mães foram contaminadas durante a gravidez. Dentre os instrumentos de avaliação da saúde das mães propostos no estudo conduzido na Austrália está a escala Maternal Postnatal Attachment Scale (MPAS) que não possui tradução e adaptação cultural para a língua portuguesa falada no Brasil. Fato este que motivou o presente estudo. Considerando que o apego entre mãe e bebê é fundamental para o desenvolvimento saudável da criança e que infecções virais podem afetar esta relação, é necessário instrumentos validados para a população brasileira que avaliem esta relação. O acompanhamento de mães com baixo score de apego materno pode auxiliar a prevenção de problemas futuros. OBJETIVOS: O objetivo desse estudo é a tradução e adaptação transcultural da escala Maternal Postnatal Attachment Scale (MPAS), que avalia o apego materno. MATERIAIS E MÉTODO: A tradução da MPAS seguiu a metodologia descrita por Beaton et al. (2002, 2007) de seis etapas: I) Tradução Inicial (T1 e T2); II) Síntese das Traduções (T12); III) Retrotradução (RT1 e RT2); IV) Avaliação pelo Comitê de Especialistas; V) Pré-Teste; e VI) Análise pelos autores do relatório final e instrumento final. Como resultado destas etapas obteve-se duas traduções iniciais, as quais deram origem a uma síntese de tradução, dessa síntese de tradução foram feitas duas retrotraduções para a língua de origem, sintetizadas depois para uma retrotradução. O texto original, em inglês, foi apresentado junto a tradução a um comitê de especialistas que fez alguns ajustes necessários. Na sequência foi aplicada a escala traduzidas em 32 mulheres participantes do estudo. RESULTADOS: Os resultados obtidos com a aplicação da escala traduzida nesta amostra de mulheres mostraram que não houve diferenças significativas entre os escores de apego das mães que foram contaminadas durante a gravidez em relação às não contaminadas. A escala traduzida aplicada nesta amostra apresenta equivalência com a escala de origem o que torna possível a sua utilização com mães brasileiras. No entanto, a partir destes resultados não é possível afirmar que a infecção com o vírus Sars-CoV-2 afeta o apego materno o que por sua vez interferiria na relação mãe-bebê e no desenvolvimento da criança. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Na sequência do estudo será realizada a aplicação do instrumento em uma amostra maior de puérperas visando a validação da tradução transcultural da escala e o seu uso na população brasileira.

PALAVRAS-CHAVE: Tradução e adaptação transcultural; MPAS; Apego materno; Escala MPAS; Relação mãe e filho.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador