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AVALIAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DE FÁRMACOS ESTABILIZADORES DO HUMOR (FEH) NA PANDEMIA DE COVID-19

TRAUTWEIN, Clara Krasinski Della Tonia ¹; BORDIN, Cynthia Franca Wolanski ²
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Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Farmácia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: A instabilidade e incerteza trazidas pela pandemia da covid-19 colocaram em risco a saúde mental de toda a população mundial, como consequência, é previsto um aumento na prescrição de psicofármacos, como uma forma de controlar tais comorbidades em ascensão. O presente estudo busca analisar a prescrição de Fármacos Estabilizadores do Humor durante o período da pandemia da Covid-19, nas populações de uma Universidade do sul do Brasil (estudantes, colaboradores e professores) e nos pacientes de um Ambulatório Acadêmico do sul do Brasil. Além disso, busca-se verificar a aderência ao tratamento por essas populações. OBJETIVOS: O presente estudo tem como objetivo, avaliar a prescrição de Fármacos Estabilizadores do Humor (FEH), na população acadêmica, constituída por estudantes, professores e colaboradores, e entre pacientes atendidos em um ambulatório acadêmico de uma Universidade do sul do Brasil. MATERIAIS E MÉTODO: Foram realizadas duas modalidades de coleta de dados: a análise de prontuários dos pacientes do ambulatório acadêmico, do período de março de 2020 a setembro de 2022, selecionando os pacientes que iniciaram o uso de FEH durante o período da pandemia. Para a análise da população acadêmica, foi elaborado e enviado um formulário na plataforma Google docs Google, contendo questões referentes aos pacientes em tratamento com FEH, iniciado na pandemia, diagnósticos e aderência ao fármaco. Os dados foram tabulados e submetidos à análise estatística descritiva. RESULTADOS: Foram analisados 1925 prontuários sendo que foram selecionados 111 pacientes (46 femininos e 65 masculinos), que receberam prescrição de FEH durante o período pandêmico. Foram identificadas 69 prescrições de quetiapina, 23 de carbamazepina, 12 de risperidona, 17 de valproato de sódio, 2 de carbonato de lítio e 3 de lamotrigina. A quetiapina foi a mais prescrita para a população idosa (acima de 60 anos), o que se justifica pela indicação do fármaco para o controle do Delirium Hipoativo do Idoso. Considerando a aplicação do instrumento de avaliação para a população acadêmica, foram obtidas 47 respostas válidas., sendo que dois participantes, afirmaram utilizar FEH. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com o desenvolvimento do estudo, foi possível observar prejuízos à saúde mental durante o período pandêmico, considerando o aumento de consumo de FEH, e de diagnósticos psiquiátricos entre os pacientes atendidos no ambulatório acadêmico. Tal situação evidência que, além das consequências físicas, econômicas e sociais deixadas pela pandemia, existem também sequelas a saúde mental, que devem ser planejadas, a fim de interromper esse crescimento. Em relação à avaliação conduzida entre a população acadêmica, não se evidenciou o uso de FEH de forma abrangente.

PALAVRAS-CHAVE: Estabilizantes do humor; Saúde mental; Pandemia.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador