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AVALIAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DE ANTIDEPRESSIVOS INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA (ISRS) NA PANDEMIA DE COVID-19

SANTOS, André Luiz Fagundes Avila Dos ¹; BORDIN, Cynthia Franca Wolanski ²
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Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Farmácia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR

INTRODUÇÃO: Os efeitos do isolamento social e da pandemia de COVID-19 sobre a saúde mental da população já foram descritos desde o começo das medidas de “lockdown”.Estudos evidenciaram que, durante as primeiras ondas da infecção de SarsCoV 2, houve um crescimento na prescrição de antidepressivos da classe dos Inibidores Seletivos da Recaptação de serotonina (ISRS) e dos Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina e noradrenalina (ISRSN). O presente estudo busca avaliar o aumento da precsrição de psicofármacos entre a comunidade acadêmica, e os pacientes atendidos em um ambulatório acadêmico, de uma Universidade do Sul do Brasil. OBJETIVOS: O presente estudo tem como objetivo, avaliar a prescrição de antidepressivos da classe específica de Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS), para a população acadêmica, constituída por estudantes, professores e colaboradores e pacientes atendidos no ambulatório acadêmico de uma Universidade do sul do Brasil. MATERIAIS E MÉTODO: O presente estudo foi conduzido em duas estapas, sendo a primeira conduzida com aplicação de um instrumento de avaliação junto aos estudantes, maiores de 18 anos e que aceitaram participar do estudo, e uma segunda etapa conduzida a partir da avaliação de prontuários de pacientes atendidos em ambulatório acadêmico de uma Universidade do Sul do Brasil. A busca foi realizada a partir dos atendimentos realizados no período de março de 2020 a setembro de 2022. Como critérios de inclusão tivemos a idade maior que 18 anos e ter iniciado o tratamento com algum fármaco da classe dos ISRS durante o período estudado (01/03/2020 à 30/09/2022). Já para a exclusão tivemos aqueles pacientes que não tiveram o seguimento definido e que tenham ficado sem evolução em prontuário. RESULTADOS: Durante a pandemia de Covid-19 houve um aumento na prescrição de antidepressivos da classe dos ISRSs, com destaque para a faixa entre 30-59 anos, contudo, analisando os gêneros de forma separada, percebemos que no sexo feminino o crescimento se deu principalmente na faixa de indivíduos com mais de 60 anos. Considerando a proporção entre os sexos foi igual entre si, ou seja 50% feminino e 50% masculino. Quando se compara com as respostas ao formulário proposto, percebemos que na comunidade acadêmica houve a prevalência do uso entre os respondentes do sexo feminino, compondo 63% das respostas ao formulário. Juntando as duas modalidades de coleta de dados obtivemos uma prevalência no sexo feminino de 51,9%. Os fármacos mais prescritos foram a fluoxetina e o escitalopram, Em relação ao diagnóstico, em 45,5% das respostas obtidas a partir do instrumento de coleta de dados, apontaram a ansiedade como a razão da prescrição do antidepressivo. Na análise dos prontuários o diagnóstico mais prevalente foi a depressão. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O efeito do isolamento social e da pandemia sobre a saúde mental é algo amplamente discutido e comprovado em literatura, com nosso estudo pudemos observar que a prescrição de psicotrópicos sofreu forte interferência da condição mencionada. Pudemos notar que durante os 3 anos de pandemia houve um crescimento no consumo dessas drogas indicadas no tratamento da depressão e ansiedade.

PALAVRAS-CHAVE: ISRS; depressão; ansiedade; prescrição; covid-19

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador