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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA DOR AGUDA EM CÃES: CURVA DE APRENDIZAGEM

LIMA, Ana Carolina Cois ¹; DUQUE, Celina Tie Nishimori ²
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Curso do(a) Estudante: Medicina Veterinária – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Medicina Veterinária – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: A dor aguda surge devido a lesão tecidual ou inflamação, sendo uma adaptação do organismo a fim de auxiliar no reparo tecidual. Sua prevenção pode ser feita por meio da da analgesia preemptiva, reduzindo a dose necessária futura de medicamentos para controle de dor. Existem diversas escalas de avaliação de dor para cães, dentre elas a escala análoga visual (EVA), a escala de dor composta de Glasgow (GCMPS), a escala elaborada pela Universidade de Melbourne (UMPS) e a escala de dor da Universidade do Colorado (EDAUC). OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi realizar a avalição da dor em cães no período pós-operatório, empregando o uso das escalas citadas acima e fazer uma correlação entre elas. Além disso, dentre os objetivos específicos, destacou-se o treinamento do estudante para realizar a avaliação de dor utilizando as diferentes escalas de dor. MATERIAIS E MÉTODO: Foram avaliados 20 cães submetidos a procedimentos cirúrgicos na Clínica Veterinária Escola da PUCPR, sem predisposição de raça e idade. Antes do procedimento cirúrgico, os animais foram submetidos a exame físico, correspondendo aos parâmetros basais (M0). A avaliação de dor foi realizada uma hora após o término cirúrgico e reavaliada a cada hora até a liberação do paciente. O resgate analgésico foi realizado de acordo com a necessidade do paciente, sempre quando valores de EVA excediam cinquenta, GCMPS seis, UMPS nove e EDAUC dois. A análise estatística foi realizada pelo teste de Friedman, seguido pela comparação múltipla de Durbin-Conover, o nível de significância adotado foi p < 0,05. RESULTADOS: Dos vinte animais analisados, somente três (15%) dos avaliados necessitaram de resgate analgésico, mostrando boa intervenção analgésica durante o procedimento. O primeiro animal apresentou frequências cardíaca e respiratória aumentadas, além de aparência desconfortável e medo. Já o segundo apresentou reação antes mesmo da palpação da ferida cirúrgica, além de aparência de medo. O terceiro paciente apresentou vocalização contínua e salivação. Após o resgate analgésico, todos apresentaram resultados positivos, seja na primeira ou na segunda administração. Na análise estatística, foi possível verificar que todas as escalas apresentaram correlação positiva. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A associação das escalas se mostrou significativa nas três avaliações realizadas e apresentou diminuição da subjetividade, melhorando sua eficácia. Diante dos fundamentos expostos, o emprego das escalas de dor se torna essencial para prevenção e controle adequado da dor, a fim de evitar futuros riscos ao paciente. A associação das escalas apresentou correlação positiva, visto que cada uma com sua particularidade contribuiu para a análise do paciente e em conjunto para a intervenção analgésica nos que necessitaram, os quais mostraram resultados positivos, seja na primeira ou na segunda administração. A associação das escalas também mostrou diminuição da subjetividade, melhorando sua eficácia. O emprego de uma boa analgesia operatória associado a analgesia preemptiva nos casos necessários, promoveram controle adequado da dor pós-operatória e se mostraram eficazes.

PALAVRAS-CHAVE: Dor aguda; Escala Análoga visual; Escala de Melbourne; Escala da Universidade do Colorado; Escala de Glasgow

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador