MAPEAMENTO DE DADOS DA VIDA COTIDIANA

INTRODUÇÃO: O planejamento urbano tende a negligenciar particularidades, resultando no silenciamento das minorias. Faz-se necessário incorporar as especificidades do cotidiano, especialmente das mulheres, nas análises urbanas para criar espaços inclusivos que abranjam experiências espaciais e temporais mais diversas. A cidade é concebida em decorrência da concretude das práticas cotidianas. Assim, a pesquisa de fontes e metodologias de coleta de dados relevantes para o mapeamento da vida cotidiana são vitais para o planejamento e gestão urbana. OBJETIVOS: A pesquisa objetiva analisar as fontes de consulta existentes ou desejáveis acerca dos dados da vida cotidiana e de qual modo podemos caracterizá-los e utilizá-los na constituição de cidades mais inclusivas para as mulheres. MATERIAIS E MÉTODO: Para isso primeiro através da revisão da literatura elaborou-se um panorama sobre o conceito da vida cotidiana, de forma transdisciplinar. A segunda etapa consistiu no levantamento preliminar e exploratório de dados da vida cotidiana por meio de consulta a bases secundárias na Internet. Para esta etapa foi estabelecido como recorte geográfico a Vila Torres. RESULTADOS: As discussões presentes nos artigos lidos abrangem uma ampla gama de tópicos relacionados à vida urbana, desafios sociais e questões de gênero. A pesquisa dos dados da Vila Torres, por sua vez, mostrou que existem muitas informações sobre o cotidiano dessa comunidade disponíveis na Internet que não chegam a ser catalogadas ou fazer parte de relatórios de órgãos oficiais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar da natureza subjetiva e complexada vida cotidiana, em alguma medida foi possível identificar com o levantamento preliminar interações coletivas que ocorrem repetidamente neste contexto urbano específico.

PALAVRAS-CHAVE: Mulheres; Vida cotidiana; Vila torres; Dados; Direito à cidade.