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QUALIDADE DAS ÁGUAS DO RIO BELÉM EM CURITIBA PARANÁ NO TRECHO ENTRE A ESTAÇÃO RODOFERROVIÁRIA E A LINHA VERDE

ROZOV, Renan Bertolini ¹; BOLLMANN, Harry Alberto ²
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Curso do(a) Estudante: Engenharia Ambiental – Escola Politécnica – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Engenharia Ambiental – Escola Politécnica – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A influência das mudanças climáticas em bacias de rios urbanos que possuem alto índice de canalização e alto índice de impermeabilização do solo ainda não possui correlação direta estabelecida pela literatura relevante. Presume-se que para locais como Curitiba, onde previsões mostram uma intensificação de casos de chuvas intensas e prolongamento de períodos de estiagem levem a uma alteração nas qualidades das águas de seus rios urbanos, também conhecidos pelo elevado índice de poluição devido aportes irregulares de esgoto. OBJETIVOS: O presente estudo buscou através de informações disponíveis em base de dados estabelecer um histórico que permita avaliar se houve mudanças na qualidade das águas que reflitam a variação esperada ocasionada pelas mudanças climáticas enquanto também tenta através de campanhas de monitoramento, traçar paralelos com estes dados existentes para talvez assim poder corroborar com os demais resultados alcançados. MATERIAIS E MÉTODO: O monitoramento foi realizado com o apoio do Blue Engineering Lab do Curso de Engenharia Civil, do Laboratório do Clima da PUCPR, em parceria com o Programa de Pós-graduação em Gestão Urbana. As determinações físico-químicas realizadas são Oxigênio Dissolvido, Condutividade Elétrica da Água, Potencial Hidrogeniônico, Potencial de Oxirredução, Temperatura da água e do ar, Demanda Biológica de Oxigênio, Cor Aparente, Cor Verdadeira, Nitrogênio Amoniacal, Sólidos totais, Sólidos Totais Fixos e Sólidos Totais Voláteis. Foram programadas 6 campanhas de coletas, com periodicidade aproximada de 1 mês entre as coletas ao longo do período da bolsa. RESULTADOS: O estudo não conseguiu comprovar uma alteração relevante na qualidade das águas do rio Belém que apontem uma piora, como seria esperado. A brevidade da série histórica disponível e a interrupção dos estudos elaborados pelo órgão estadual impossibilitam o estabelecimento de definições estatísticas confiáveis, além do fato da grande influência que externalidades podem causar para uma melhora ou piora da qualidade da água dos rios urbanos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Do estudo, pode-se concluir que o Rio Belém é um rio morto no trecho analisado. E as ações de despoluição que historicamente foram realizadas pelo governo local não foram suficientes para conter o processo de poluição de suas águas e ocupação das suas áreas de preservação permanente. Pelo seu estado, o rio não consegue mais abrigar as comunidades aquáticas responsáveis por caracterizar o curso de água como um rio, tornando-o um esgoto a céu aberto, que se encontra mais ou menos diluído em razão do regime de chuvas e dos lançamentos constantes de esgotos domésticos e de estabelecimentos comerciais no seu curso d´água. O monitoramento teve várias barreiras a serem transpostas: o acesso aos pontos de coleta, com a extensão de propriedades privadas até o rio, apropriando-se de quando em quando da sua área de proteção; vários trechos se encontram canalizados e entubados; também o Blue Engineerign Lab passou por uma relocação, indo ocupar um espaço no segundo andar da Escola Politécnica, mas ainda com suas instalações provisórias e necessitando reformas; alguns equipamentos disponibilizados para a pesquisa estavam parados desde a pandemia de Covid (quando os laboratórios permaneceram fechados) e necessitavam de manutenção e calibração.

PALAVRAS-CHAVE: Mudanças Climáticas; Qualidade da Água; Rios Urbanos; Poluição.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador