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DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL EM INDIVÍDUOS COM MIGRÂNEA

SAKAMOTO, Karina Hikari ¹; VITTALI, Aline ³; LIBONI, Renata Dinardi Borges ²
faixa-semic-branco
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Londrina
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Câmpus Londrina

INTRODUÇÃO: A enxaqueca, também conhecida como migrânea, é uma forma de cefaleia primária caracterizada como um distúrbio que se manifesta por dores de cabeça unilaterais debilitantes, capazes de interferir nas atividades cotidianas. A enxaqueca pode se manifestar tanto de maneira episódica quanto crônica e evoluir de uma forma para outra devido a alguns fatores de risco modificáveis, como a presença da síndrome metabólica e da obesidade visceral. Diversas teorias têm sido propostas para explicar os eventos neurológicos que desencadeiam a enxaqueca. Entre elas, destaca-se a associação frequente da enxaqueca com uma resposta inflamatória nas fibras nociceptivas, que acaba resultando em dor intensa. Acredita-se, portanto, que as interações entre fatores inflamatórios e neurogênicos desempenham um papel importante na fisiopatologia da enxaqueca, sustentando a noção de que essa condição pode ser considerada uma doença inflamatória. OBJETIVOS: Verificar a prevalência de obesidade central entre indivíduos com migrânea.
• Avaliar a associação da composição corporal e adiposidade visceral com migrânea crônica ou episódica e migrânea com ou sem aura.
• Correlacionar as métricas de composição corporal e adiposidade visceral e gravidade da migrânea avaliada pelas escalas de impacto e incapacidade da migrânea. MATERIAIS E MÉTODO: Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da PUC do PR com número 98316718.7.0000.0020. Todos os participantes assinaram um TCLE.
Tratou-se de estudo transversal descritivo do tipo correlacional composto por indivíduos com diagnóstico de migrânea episódica e/ou crônica, com ou sem aura, que tiveram os valores de massa corporal analisados por bioimpedância, IMC e Circunferência abdominal. O diagnóstico de migrânea foi feito de acordo com a Classificação Internacional de Cefaleias. Todos os participantes foram avaliados clinicamente e responderam ao questionário ID-migraine, além de questionário eletrônico desenvolvido pelo Grupo de Estudos de Cefaléia – PUC-PR. Os pacientes também realizaram o preenchimento de questionários MIDAS, HIT-6, IDATE 1 e 2, Inventário de Beck. A avaliação do peso, composição corporal e adiposidade visceral foi realizada através do exame de bioimpedância elétrica, sendo empregados dois modelos de equipamentos: InBody 370 e InBody 270. RESULTADOS: Foram examinados os padrões de enxaqueca e os perfis de composição corporal de 29 participantes. A maior parte da amostra era constituída por indivíduos do sexo feminino (27 de 29), com uma média de idade de aproximadamente 37,34 anos. Notavelmente, 65,51% da amostra demonstrou valores elevados de circunferência abdominal, indicando uma possível relação entre enxaqueca e a distribuição central de gordura. Ao analisar os resultados da bioimpedância em 48,27% dos participantes, 92,86% desses indivíduos exibiram valores elevados de percentual de gordura corporal e massa de gordura corporal, o que pode estar ligado a implicações metabólicas e de saúde. Apenas uma minoria, ou seja, 7,14%, apresentou massa de gordura corporal abaixo do valor esperado. Adicionalmente, aproximadamente 82,76% dos participantes apresentaram níveis de ansiedade e estresse. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Considerando a complexa relação entre obesidade e enxaqueca e os resultados obtidos, é importante a realização de estudos pareados com controle e avaliação de perfil metabólico para estabelecer uma correlção mais clara entre a enxaqueca e Síndrome Metabólica

PALAVRAS-CHAVE: Enxaqueca; Migrânea; Composição Corporal.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador