Logo PUCPR

O FUNK COMO REFLEXO DA SOCIEDADE ATUAL

BAROSSI, Julia Da Silva ¹; ABECHE, Daniel Pala ²
faixa-semic-branco
Curso do(a) Estudante: Jornalismo – Escola de Belas Artes – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Publicidade E Propaganda – Escola Belas Artes – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: O funk é uma manifestação cultural, ou seja, feito pela sociedade, geralmente por músicos sem formação profissional e de forma espontânea, direcionado para todos os públicos. Segundo o historiador Walter Solla, funk é cultura, e não deve ser subestimada nem limitada. A cultura é um fenômeno dinâmico em constante evolução, abrangendo uma variedade de formas de manifestação, entre elas, o funk. OBJETIVOS: O objetivo da pesquisa é analisar o impacto da mídia na formação de conceitos críticos por parte da sociedade elitizada em relação ao funk, além de compreender como a percepção negativa difundida pela mídia afeta a imagem do gênero musical. Através dessa análise, busca-se contribuir para uma compreensão mais ampla do papel da mídia na construção de estereótipos e do potencial transformador da música como forma de empoderamento social. MATERIAIS E MÉTODO: O foco deste estudo foi analisar os artigos de opinião da Gazeta do Povo que abordam o gênero musical funk. Para a seleção dos materiais, foram consideradas as definições do conservadorismo, incluindo os conceitos de antiestatismo, liberalismo econômico, conservadorismo cultural tradicionalista, religiosidade, militarismo e autoritarismo, conforme descrito por Silva (2018). RESULTADOS: Os resultados da pesquisa mostram que o funk é um fenômeno cultural complexo e isso é visto nos papéis distintos que é desempenhado na sociedade. Por um lado, proporciona o sentimento de pertencimento coletivo e funciona como uma forma de expressão e escape para os jovens das periferias, que enfrentam dificuldades socioeconômicas. Por outro lado, a mídia elitizada e/ou conservadora tende a retratar o funk de maneira negativa, associando-o à violência e criminalidade, o que contribui para a estigmatização do gênero e dificulta uma apreciação mais ampla de sua importância cultural e social. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A tentativa de criminalização do funk é, sem dúvida, uma forma de policiamento estético, uma vontade de suprimir estéticas alternativas e desafiadoras dos gostos e da moral hegemônica. Segundo Mizrahi (2020), é importante defender os usos transculturais do funk, mesmo que este esteja associado à estética ocidental que durante muito tempo reinou sozinha, determinando o que era considerado correto, belo e bom. O modelo de Hierarquização Cultural, ainda presente nos dias de hoje, classifica e ordena as expressões culturais, determinando a disponibilidade de recursos de produção e influenciando as experiências dos espectadores. O funk, desde o início, desafia esses padrões estabelecidos. Ele traz consigo uma forma diferente de cantar, dançar, falar e se adornar, disputando seu espaço e impondo sua presença. Essa manifestação artística desestabiliza e desafia, o que resulta em discursos de defesa de valores tradicionais.

PALAVRAS-CHAVE: Funk; cultura; Etnocentrismo; Cibercultura.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador