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IMPACTO DA QUALIDADE DE VIDA NA ADESÃO À TERAPIA ENDÓCRINA ADJUVANTE EM MULHER COM CÂNCER DE MAMA

GONÇALVES, Eduarda Tomazini ¹; HERRERA, Ana Cristina Da Silva Do Amaral ²
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Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Londrina
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Câmpus Londrina

INTRODUÇÃO: O câncer de mama é a neoplasia maligna mais diagnosticada, responsável por 25% das incidências de câncer e por até 16,67% das mortes por neoplasia, entre mulheres. É classificada em subtipos moleculares que norteiam as opções terapêuticas. No entanto, a adesão e a continuidade à terapia adjuvante hormonal têm-se mostrado subótima nos subtipos moleculares positivos para receptores hormonais (HR+). Os fatores que predispõem a má adesão e/ou a descontinuação do tratamento incluem, principalmente, efeitos colaterais da terapia hormonal, baixa percepção de risco de recorrência, extremos de idade, custo da medicação e falta de apoio social. OBJETIVOS: O projeto tem como objetivo analisar uma possível correlação entre o bem- estar global do indivíduo e sua adesão ao tratamento. MATERIAIS E MÉTODO: O estudo apresentado é observacional, no qual, foi aplicado um questionário online, entre dezembro de 2021 e março de 2022, em 95 pacientes em uso de Tamoxifeno (N=49) e/ou Anastrozol (N=23). O questionário utilizado foi o CARES-SF (Cancer Rehabilitation Evaluation System – Shot Form), que consiste em um questionário que avalia a qualidade de vida de indivíduos que sobreviveram ao câncer. RESULTADOS: Nenhuma correlação estatisticamente significante foi encontrada entre uma pior adesão ao tratamento adjuvante e o bem-estar global das pacientes (coeficiente de Spearman = 0,0551; p-valor =0,5959). Uma regressão linear foi realizada, com a qual se observou um impacto significativo na adesão à terapia adjuvante hormonal a depender do como a paciente obtinha seu medicamento (seguro de saúde – coeficiente = -0,38 [-0,68;-0,09]; p-valor = 0,010; gastos privados – coeficiente = -0,81 [-1,42;-0,21]; p-valor = 0,008) e a depender da quantidade de medicamentos utilizados de forma contínua (coeficiente = -0,12 [-0,23;-0,02]; p-valor = 0,020). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar de não ter sido encontrada nenhuma correlação estatisticamente significativa, ressalta-se a importância de mais estudos para entender como aspectos da qualidade de vida podem impactar na adesão do tratamento.

PALAVRAS-CHAVE: Câncer de mama; Qualidade de Vida; Cooperação e Adesão ao Tratamento; Inibidores da Aromatase; Tamoxifeno

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador