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O CONCEITO DE SUBLIMAÇÃO EM SIGMUND FREUD E JACQUES LACAN

OLIVEIRA, Yasmin Kronemberger Aguilera ¹; FONSECA, Eduardo Ribeiro Da ²
Colégio do(a) estudante: Centro de Educação Profissional Irmão Mário Cristóvão (TECPUC)
Supervisor(a): Jésica Fernanda de Souza Gênero
Curso do(a) Orientador(a): Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: O projeto investiga as interações entre arte e psicanálise, focando no contraste entre arte clássica e moderna/contemporânea. A partir das obras de Freud, examina-se seu paradigma estético e suas influências no pensamento artístico contemporâneo e na psicanálise lacaniana. Além de aplicar os métodos de Freud e Lacan na análise de arte e artistas, o projeto também explora como a psicanálise é abordada pelos artistas e representada nas artes, como cinema, artes visuais e literatura. OBJETIVOS: Analisar os problemas da experiência artística à luz da noção de sublimação em Freud e Lacan, e comparar a produção artística clássica com as modernas e contemporâneas com base nessas teorias. O projeto busca entender como os conceitos psicanalíticos ajudam a compreender a relação entre artista e obra, e expor como a satisfação relacionada à criação e apreciação da arte é abordada nas psicanálises freudiana e lacaniana. Também visa comparar os modelos de arte clássicos e contemporâneos através da noção de sublimação. MATERIAIS E MÉTODO: Foram analisadas as obras “Arte e psicanálise”, “Escritos sobre arte” e “Sigmund Freud: obras completas, volume 12 – Introdução ao narcisismo, ensaios de metapsicologia e outros textos (1914 – 1916)”, além dos Seminários e dos textos “Escritos” e “Nomes do pai” de Lacan. O objetivo foi compreender conceitos como luto, narcisismo e metapsicologia, e relacioná-los com as obras de Freud e Lacan sobre sublimação. A intenção foi refletir sobre a importância de usar obras artísticas para ilustrar teorias psicanalíticas, como o Complexo de Édipo, onde Freud utilizou tragédias gregas para explicar pulsões sexuais infantis e suas implicações no desenvolvimento do sujeito. A incorporação da arte ao estudo da mentalidade humana busca transformar considerações teóricas complexas em algo mais acessível para resolver problemas psíquicos. RESULTADOS: A sublimação, para Freud, é o processo de desviar impulsos sexuais para objetos não sexuais, permitindo a satisfação sem necessidade de recalque. Assim, uma obra de arte valorizada, embora não sexual, preserva a forma original da satisfação e mantém a excitação intacta. Em “Totem e Tabu” (1913), Freud argumenta que as neuroses se assemelham às produções culturais. Ele compara a sublimação ao recalque e às distorções culturais neuróticas, equiparando a histeria à caricatura de uma obra de arte, a neurose a uma religião distorcida e a mania paranoica a um sistema filosófico distorcido. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Lacan expande essa teoria ao abordar o vazio que ocorre quando o sujeito não consegue simbolizar seus desejos inconscientes. Ele argumenta que criar conceitos como religião, ciência e arte é uma forma de preencher esse vazio, tornando-o essencial na teoria da sublimação. Lacan critica Freud por relacionar a satisfação apenas ao sexual e vê a sublimação como uma forma de satisfação plena e direta. Ele considera que a sublimação não deve ser vinculada ao narcisismo, que não é uma perversão, mas sim um complemento do instinto egoísta de autopreservação.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Sublimação; 2. Arte; 3. Psicanálise; 4. Lacan; 5 Freud.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC Jr.