ESCALA SÓCIO-EMOCIONAL E DE COMPORTAMENTO ADAPTATIVO DE BAYLEY-IV PARA O USO NO BRASIL: TRADUÇÃO, ANÁLISE DA CONCORDÂNCIA ENTRE OS JUÍZES E CONSISTÊNCIA INTERNA DO INSTRUMENTO
INTRODUÇÃO: Há lacunas na literatura de instrumentos validados para a população brasileira que avaliem o desenvolvimento infantil. Embora as Escalas Bayley sejam reconhecidas internacionalmente, a última versão ainda não foi adaptada para a população brasileira. OBJETIVOS: Neste contexto, este estudo objetivou realizar a tradução e adaptação transcultural da escala sócio-emocional e de comportamento adaptativo da Bayley-IV. MATERIAIS E MÉTODO: Para tanto, a tradução foi realizada segundo metodologia internacional validada nas seguintes etapas: I) Tradução Inicial, II) Síntese das Traduções, III) Retrotradução e IV) Avaliação pelo Comitê de Especialistas V) elaboração da versão final da escala, e VI) realização do pré-teste na população-alvo. RESULTADOS: A amostra do pré-teste foi composta por 24 mulheres de 18 a 44 anos, selecionadas da atenção primária à saúde, mães de crianças de 12 meses de idade. O Índice de Concordância foi de 94,5% para a T12 (91% de equivalência semântica, 96% equivalência conceitual, 96% de equivalência experimental e 95% de equivalência idiomática). Além disso, na versão RT12 verificou-se Índice de Concordância de 97% (96% de equivalência semântica, 98% equivalência conceitual, 98% de equivalência experimental e 97% de equivalência idiomática). A consistência interna do instrumento foi validada pela aplicação em 24 participantes com crianças de 1 ano com a Escala. Desta amostra, as mães têm idade média de 28 anos, em sua maioria são casadas ou com união estável e, pelo menos ensino fundamental completo quanto à escolaridade. Verificou-se uma consistência interna de aproximadamente 0,58 (Alfa de Crobach) nesta população do pré-teste. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A versão traduzida e adaptada apresenta consistência interna adequada. Contudo, estudo subsequente de validação é mandatório para que a mesma apresente validade externa e possa ser usada na população brasileira.
PALAVRAS-CHAVE: desenvolvimento infantil; escalas; crianças; neurodesenvolvimento.