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ENSINO DE ANÁLISE FUNCIONAL – IISCA PARA PROFESSORES: UMA REVISÃO DE LITERATURA

SGARBI, Kethleen Pauletto ¹; FREITAS, Stefanny Louise Dorner ²
Curso do(a) Estudante: Psicologia – Câmpus Toledo – Câmpus Toledo
Curso do(a) Orientador(a): Psicologia – Câmpus Toledo

INTRODUÇÃO: Comportamentos prejudiciais ao desenvolvimento socioemocional e acadêmico têm sido observados numa grande parcela da população diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com diferentes topografias. A literatura tem evidenciado impactos significativos desses comportamentos na qualidade de vida dos cuidadores e profissionais que trabalham com as crianças. Considerando a escola como um espaço privilegiado para a inclusão social e desenvolvimento infantil, esta necessita de estratégias para manejar tais comportamentos. No entanto, estudos têm revelado uma carência de estratégias adequadas por parte dos professores. Na área da Análise do Comportamento Aplicada (ABA), um modelo novo de análise funcional
experimental, conhecido como Análise de Contingência Sintetizada por Entrevista (IISCA), tem se destacado por seus resultados positivos e validade social por parte de cuidadores e professores. Contudo, embora a IISCA tenha apresentado resultados promissores para intervenções comportamentais em ambientes escolares, há uma lacuna na literatura, com uma carência de revisões sistemáticas que incluam estudos em português e espanhol, limitando a adaptação e aplicação desse procedimento no contexto brasileiro. OBJETIVOS: A partir disso, este estudo teve como objetivo identificar pesquisas em bases latino-americanas que realizaram treinamento e/ou ensino de análise funcional baseada na IISCA em contextos educacionais, com professores que atendem crianças com TEA. MATERIAIS E MÉTODO: Para tal, utilizou-se como método a revisão narrativa de literatura (RNL). A busca foi conduzida através de bases de dados disponíveis no Portal da CAPES e em periódicos considerados referência na área e temática de estudo. Foram incluídas também bases de dados específicas de universidades com Programas de Pesquisa em Análise do Comportamento stricto sensu no Brasil. RESULTADOS: Os resultados confirmaram uma lacuna de pesquisa. Identificou-se a inexistência de produções empíricas que abordem a implementação do procedimento de IISCA em contextos escolares, publicadas no idioma português e espanhol. Na tentativa de compreender e interpretar os dados, foram elencadas as seguintes categorias de análise: lacunas na formação; capacitação e barreiras na prática dos analistas do comportamento; e desafios na regulamentação e certificação da profissão no Brasil. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que, para enfrentar as lacunas identificadas, é essencial implementar um sistema de regulamentação e certificação da profissão do analista do comportamento no Brasil, com o objetivo de estabelecer e fiscalizar práticas profissionais com base em critérios de qualidade na formação, abrangendo aspectos éticos, teórico-conceituais e procedimentais dessa ciência. Além disso, é crucial investir em capacitação profissional e sensibilizar as instituições
sobre a importância de procedimentos baseados em evidências como a IISCA. A falta de pesquisadores envolvidos na produção de estudos empíricos sobre a adaptação da IISCA à realidade brasileira destaca a necessidade de suporte financeiro de fundações governamentais e institucionais, bem como o fortalecimento de Programas de Pesquisa em Análise do Comportamento, para fomentar estudos sobre esse novo modelo de análise funcional experimental, para, a partir disso, planejar a expansão dos contextos de sua aplicação.

PALAVRAS-CHAVE: Transtorno do Espectro Autista (TEA); Análise do Comportamento Aplicada (ABA); Análise funcional; Análise de Contingência Sintetizada por Entrevista (IISCA); Escola.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.